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Brookfield tenta reavivar debêntures de construtoras

A unidade brasileira da canadense Brookfield Asset Management Inc. pretende levantar R$ 300 milhões em debêntures que incluem papéis de três anos


	O setor de construção do país ficou fora do mercado de dívida depois que um salto nos custos trabalhistas e atrasos reduziram as margens e levaram a perdas
 (REUTERS/Aly Song)

O setor de construção do país ficou fora do mercado de dívida depois que um salto nos custos trabalhistas e atrasos reduziram as margens e levaram a perdas (REUTERS/Aly Song)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - O aumento de custos e de endividamento que afetou as construtoras brasileiras está agora interferindo em uma captação da Brookfield Incorporações SA.

Na primeira oferta de títulos do setor desde maio, a empresa tenta convencer investidores de que há uma recuperação no segmento.

A unidade da canadense Brookfield Asset Management Inc. pretende levantar R$ 300 milhões em debêntures que incluem papéis de três anos e taxa equivalente a 1,65 ponto percentual acima do Certificado de Depósito Interfinanceiro, ou cerca de 8,6 por cento.

É um spread maior do que na captação anterior da Brookfield, em agosto de 2011, quando a diferença foi de 5,47 pontos percentuais.

A Urbi Desarrollos Urbanos SAB, que lidera a recuperação no setor de construção do México, paga 8,85 por cento de taxa em títulos emitidos em peso com vencimento em 2014.

O setor de construção do País ficou fora do mercado de dívida depois que um salto nos custos trabalhistas e atrasos reduziram as margens e levaram a perdas que eliminaram 29 por cento do valor das ações desde 2010.

Apesar de Brookfield, Gafisa SA e Even Construtora e Incorporadora SA terem divulgado vendas para o quarto trimestre que sinalizam uma recuperação na demanda por imóveis, a Leme Investimentos diz que captar em reais vai ficar mais caro para o setor.

“As construtoras conseguem colocar, mas vão pagar um spread grande em relação ao título público”, disse Paulo Petrassi, que ajuda a administrar R$ 250 milhões na Leme, em entrevista por telefone de Florianópolis. “É um setor que o mercado tem uma certa cautela.”

A Brookfield não quis fazer comentários sobre seus planos de captação.

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