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BRIX, a bolsa de Eike Batista, começa a operar com 15% do mercado livre

Trinta empresas já estão cadastradas e outras 50 podem aderir em breve, diz CEO

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 12h47.

São Paulo – A BRIX, a bolsa do bilionário Eike Batista, iniciou hoje as suas operações. A empresa, que irá operar contratos de energia e futuros, começa com a adesão de 30 empresas na plataforma adaptada pela ICE (Intercontinental Exchange), parceira no projeto ao lado de Roberto Teixeira da Costa, fundador e primeiro presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Josué Gomes da Silva e Marcelo Parodi.

“Estamos contentes porque o perfil dos participantes está dividido em geradores, consumidores e comercializadores. É o que queríamos para simular o mercado livre dentro da plataforma. Ainda temos outras 50 empresas muito interessadas em participar”, afirma Marcelo Mello, CEO da BRIX, em entrevista para EXAME.com.

Segundo ele, as geradoras que aderiram à bolsa têm uma capacidade instalada de 18 mil megawatts, quase o dobro do mercado livre. Os consumidores e comercializadores cadastrados têm um volume médio de 1.500 megawatts. “O mercado livre brasileiro tem uma carga de 10 mil megawatts médio. Ou seja, já temos 15% do mercado livre”, comemora o executivo.

O grupo de empresas que começa a transacionar a energia com entrega física inclui a CESP, Eletronorte, Quanta, Bunge, White Martins, Rexam, Eucatex, Ibrame Laminação, Coteminas, MPX, Seal Energy, Agroenergia Comercializadora e a Compass. Entre as que estão próximas de assinar o contrato, as principais são a Alcoa, Ambev, Anglo Ferrous, Camargo Corrêa, CSN, Latapack, Novelis, Renova, Vale e Votorantim.

Segundo Mello, nessa primeira fase apenas serão fechados contratos com entrega física de energia e que, por enquanto, os preços dos contratos não serão divulgados. “Daqui algum tempo teremos o índice BRIX spot, que é o preço da energia do mês. Esse preço será publicado para o público em geral”, explica. Com o índice, a BRIX irá para a segunda fase, que é a de lançar um derivativo financeiro contra o índice. “Traremos muita liquidez para o mercado”, avalia.

A estimativa é de que a publicação do índice tenha início em algumas semanas. Após o aumento da liquidez, Mello então começará a fase que compreende a criação de uma clearing house, que seria responsável pela guarda, compensação e liquidação das operações. A BM&FBovespa já teria se disponibilizado para oferecer os serviços, mas uma outra opção poderia ser a da Cetip, que desde a semana passada possui a ICE, sócia da BRIX, como a maior acionista.

“Estamos contentes com o voto de confiança que a ICE está dando ao país e ao mercado com a participação na Cetip. Isso apoia o nosso raciocínio de longo prazo porque precisaremos de uma clearing, mas ainda não há uma definição sobre isso. A participação da ICE na Cetip está desvinculada da BRIX”, afirma Mello. O executivo disse ainda que a BRIX conta com 10 funcionários, número que pode chegar a 30 no final da implementação do projeto. A ICE entra com o apoio de tecnologia dos seus 800 funcionários, lembra Mello.

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