Os cinco países membros dos Brics representam quase 25% do PIB mundial e 40% da população do planeta (Prakash Singh/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2012 às 18h22.
Los Cabos - As cinco economias emergentes que pertencem ao BRICs afirmaram nesta segunda-feira concordar em aumentar suas contribuições ao Fundo Monetário Internacional (FMI). E apontaram que vão explorar a opção de conduzir swaps cambiais como parte de esforços para promover estabilidade financeira mundial.
Líderes do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul se reuniram nas margens da cúpula do G20 -grupo que reúne as 20 principais economias do mundo- em Los Cabos, México e "concordaram em aumentar suas próprias contribuições ao FMI", afirmaram em comunicado.
O grupo não especificou o valor a ser ofertado ao FMI, que está buscando uma injeção de fundos no valor de 430 bilhões de dólares. Mas sublinhou que o investimento será condicionado e ligado a reformas que aumentarão a influência dos cinco países sobre a organização da instituição.
"Isso inclui o entendimento de que esses recursos serão utilizados apenas após os recursos existentes terem sido substancialmente gastos", disse o comunicado.
"Essas novas contribuições estão sendo feitas em antecipação de que todas as reformas que foram aprovadas em 2010 serão completamente implementadas em tempo oportuno, incluindo uma reforma abrangente de poder de voto e reforma de distribuição de cotas", adicionou.
Em mais um sinal de que as grandes economias emergentes estão pressionando por mais influência sobre o sistema financeiro mundial e buscando um uso mais amplo de moedas que não o dólar e o euro, o comunicado dos BRICs disse que os cinco líderes "discutiram acordos de swap entre moedas nacionais e agregação de reservas".
Os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais dos BRICs foram instruídos a estudar os acordos de swap e de agregação de reservas. Ficou acertado ainda que questões legais internas serão apresentadas novamente aos líderes na próxima cúpula dos BRICs na África do Sul, disse o comunicado.