BRF: companhia é alvo da operação Trapaça realizada pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)
Karla Mamona
Publicado em 5 de março de 2018 às 10h40.
Última atualização em 5 de março de 2018 às 19h12.
São Paulo - A BRF teve um dia difícil na Bolsa. Após suas ações abrirem o pregão em queda e entrarem em leilão na manhã desta segunda-feira, os papéis da fabricante de alimentos fecharam o dia em queda de 19,75%, cotados a R$ 24,75.
As ações repercutem a nova fase da operação da Carne Fraca, denominada de Operação Trapaça, realizada na manhã de hoje. A Polícia Federal cumpre 11 mandados de prisão e 27 de condução coercitiva.
A operação mira fraudes laboratoriais perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Segundo o Estado de S. Paulo, o ex-presidente da BRF, Pedro de Andrade Faria (2015 a 31 de dezembro de 2017) e o ex-diretor-vice-presidente Hélio Rubens Mendes dos Santos Júnior foram presos.
A operação aponta que cinco laboratórios credenciados junto a Agricultura e setores de análises do grupo empresarial fraudavam resultados de exames em amostras de seu processo industrial, informando ao Serviço de Inspeção Federal dados fictícios em laudos e planilhas técnicos.
Segundo a PF, as fraudes teriam como finalidade burlar o Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA), do Ministério, e, com isso, não permitir que a Pasta fiscalizasse com eficácia a qualidade do processo industrial da empresa.
Também teriam sido constatadas manobras extrajudiciais, operadas pelos executivos do grupo para acobertar a prática desses ilícitos ao longo das investigações.
*Com Reuters e Estadão