Londres - O corte das projeções dos bancos Goldman Sachs e Société Générale para os preços do petróleo em 2015 levaram os contratos futuros da commodity a começar a semana em forte baixa. Com o reforço do tom pessimista no mercado, o Brent para fevereiro voltou a operar abaixo de US$ 50 por barril.

As revisões das estimativas traçadas pelos bancos foram feitas durante o fim de semana e sinalizam que a queda dramática nos preços deve persistir durante o ano.

Para o diretor de commodities do Goldman Sachs, Jeffrey Currie, ocorre "a busca por um novo equilíbrio" no mercado. Em meio a um desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado internacional, a commodity já acumula desvalorização de mais de 50% em relação a junho de 2014.

O Goldman Sachs alterou sua projeção para o Brent em 2015 para US$ 50,40 por barril, de US$ 83,75, enquanto estima que o barril de petróleo negociado na Nymex, em Nova York, ficará em US$ 47,15, de US$ 73,75.

O Société Générale, por sua vez, rebaixou os preços do Brent em Londres a US$ 55 por barril, e o do petróleo na Nymex para US$ 51.

A desvalorização nos preços da commodity integra uma estratégia adotada pelos países do Golfo Pérsico para afetar negativamente os produtores norte-americanos que utilizam o xisto.

"Isso me sugere que US$ 40 por barril é (um preço) factível para os próximos meses", afirma Michael Hewson, da CMC Markets.

"As condições econômicas que os mercados de petróleo enfrentam não mudaram e não devem se alterar tão cedo", diz Jameel Ahmad, analista-chefe de mercados da FXTM.

"A oferta avassaladora e a equação de demanda estão pesando e muito em favor dos pessimistas, o que os permite a continuar bloqueando os otimistas de tomar quaisquer contramedidas".

Às 8h16 (de Brasília), o Brent para fevereiro recuava 2,65%, a US$ 48,78 por barril, enquanto na Nymex, o petróleo para o mesmo mês tinha leve baixa de 2,21%, a US$ 47,29 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.