Petróleo: às 12h31, os futuros do Brent avançavam 1,02 dólar, a 110,66 dólares, enquanto o petróleo dos EUA subia 0,39 dólar e era negociado a 99,61 dólares (Daniel J. Groshong/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2013 às 11h59.
Londres - Os futuros do Brent subiam para mais de 110 dólares por barril nesta terça-feira, elevando seu prêmio sobre o petróleo dos EUA para seu nível mais amplo em seis meses, depois de notícias de uma deterioração nas relações entre os EUA e a Arábia Saudita, maior produtor da Opep.
Uma fonte próxima às políticas sauditas disse que Riad fará uma "enorme mudança" em suas negociações com os EUA em protesto sobre uma percepção de que houve uma falta de ação dos Estados Unidos em relação à guerra na Síria e por conta da reaproximação norte-americana ao Irã.
Em meio a tal cenário, às 12h31 (horário de Brasília), os futuros do Brent avançavam 1,02 dólar, a 110,66 dólares, enquanto o petróleo dos EUA subia 0,39 dólar e era negociado a 99,61 dólares.
Anteriormente na sessão, a commodity norte-americana foi negociada a 98,67 dólares, menor nível desde 2 de julho.
O prêmio do Brent sobre o petróleo dos EUA subiu para 10,61 dólares, diferença mais ampla desde o fim de abril.
A Arábia Saudita é o mais importante produtor do Oriente Médio, produzindo mais de 10 milhões de barris por dia, e tem um importante papel no equilíbrio dos mercados para manter os preços do petróleo estáveis.
Segundo analistas, qualquer impacto sobre as vendas sauditas de petróleo podem causar drásticos impactos sobre os preços.
Apesar da alta, os futuros do petróleo norte-americano seguem pressionados após dados da revelarem que os estoques de petróleo nos Estados Unidos, maior consumidor mundial da commodity, subiram em 4 milhões de barris na semana passada, superando as expectativas do mercado, que projetava alta de 2,164 milhões de barris.
Os estoques subiram em meio a uma paralisação sazonal das refinarias norte-americanas para a realização de manutenções. Os operadores apostam em um excesso de estoques a curto prazo nos EUA, pelo menos até as refinarias começarem a aumentar o refino novamente.
O Brent ainda se apoiou em expectativas de que o Fed atrase o endurecimento de sua política monetária até o próximo ano, o que pode aliviar parte dos temores sobre a demanda dos EUA e em outras partes do mundo e em uma queda na oferta global, em meio problemas na produção da Líbia e da Nigéria.