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Brasil Foods cai 6% com parecer desfavorável sobre fusão

Investidores temem a rejeição total da operação que uniu Sadia e Perdigão

Avaliação do relator do Cade reforçou temores sobre a possibilidade do órgão aprovar com restrições ou até negar o acordo feito entre Nildemar Secches e Luiz Fernando Furlan (GERMANO LUDERS)

Avaliação do relator do Cade reforçou temores sobre a possibilidade do órgão aprovar com restrições ou até negar o acordo feito entre Nildemar Secches e Luiz Fernando Furlan (GERMANO LUDERS)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 18h27.

São Paulo – As ações da Brasil Foods (BRFS3), maior exportadora de frango do mundo, lideraram as perdas no pregão desta quarta-feira (8) com os investidores à espera da decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a aprovação da fusão entre Sadia e Perdigão.

Os papéis da companhia fecharam o pregão com forte queda de 6,27%, cotados a 26,15 reais. No decorrer do dia, as declarações do relator Carlos Ragazzo, que analisa a compra da Sadia pela Brasil Foods, fizeram as ações despencarem até 8,39%, para 25,74 reais (mínima do dia). O temor do mercado é de que o acordo seja aprovado com restrições.

O dia começou com o Cade negando o pedido de vista do Ministério Público Federal (MPF) para adiar o julgamento da Brasil Foods. Na sequência, vieram os comentários do relator Ragazzo no decorrer da tarde. Ele afirmou que a operação precisa de um "remédio" visando a "efetiva rivalidade" no mercado.

Segundo Ragazzo, o portfólio de produtos da nova empresa poderá gerar efeitos anticoncorrenciais, causando mais danos que benefícios. O relator também defendeu que, separadas, Sadia e Brasil Foods podem elevar suas exportações caso decidam não efetuar a fusão.

Diante deste cenário, ele decidiu reprovar a fusão entre as duas companhias. O julgamento da fusão da BR Foods foi suspenso até o dia 15 de junho porque um dos conselheiros do Cade pediu para rever o processo.

Entenda o caso

O Cade está avaliando a compra da Sadia pela Brasil Foods, antes conhecida como Perdigão, por 3,81 bilhões de dólares. O negócio, realizado em julho de 2009, foi o segundo maior entre 166 acordos do setor no mundo desde o mesmo ano, totalizando 24,2 bilhões de dólares, segundo dados copilados pela Bloomberg.

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