Pedestres passam em frente ao RBS em Londres: o México, ao contrário, viu sua fatia cair de 11,3% em agosto para 10,8% em setembro, mas continua em segundo lugar (Justin Tallis/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 13h14.
Londres - Em setembro, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) surpreendeu investidores ao manter os estímulos monetários. A decisão gerou uma reversão no fluxo de recursos para os mercados emergentes, que viviam, até então, uma verdadeira sangria do dinheiro de estrangeiros.
Nessa mudança de tendência, o Brasil foi beneficiado e viu aumentar sua participação no mercado global de renda fixa emergente em moeda local. O México, ao contrário, teve saída de recursos. A informação consta de um levantamento divulgado nesta sexta-feira, 25, pelo Royal Bank of Scotland (RBS).
Segundo o levantamento feito com dados da consultoria EPFR Global, o Brasil terminou o mês de setembro com o equivalente a 12,3% de todos os recursos alocados nas carteiras de renda fixa emergente em moeda local em todo o mundo. A fatia é maior do que os 11,9% observados em agosto e mostra a maior participação brasileira em seis meses.
Segunda maior economia da América Latina, o México, ao contrário, amargou saída e sua fatia caiu de 11,3% em agosto para 10,8% em setembro. Com a queda, a parcela mexicana recua para o mesmo nível observado em julho. Mesmo assim, o México continua como o segundo país do mundo que mais atrai estrangeiros para a renda fixa em moeda local.
O terceiro país que mais atrai estrangeiros para a renda fixa é a Rússia. Em setembro, fundos com títulos em rublos detinham participação de 10,3% na renda fixa emergente, parcela superior aos 10% observados em agosto. Com o aumento, a fatia russa do mercado atingiu o maior patamar desde junho de 2008.
Entre os demais países, a Polônia é destino de 8,1% dos recursos globais alocados em renda fixa em moeda local, seguida pela Tailândia (4,5%), Hungria (4,1%), Coreia do Sul (2%) e República Checa (0,6%), segundo a pesquisa RBS/EPRF Global. Outros países como Turquia, África do Sul e Filipinas têm participação mais relevante na renda fixa emitida com papéis em moedas fortes, como o euro ou dólar.