"Com o mercado brasileiro voltando a realizar IPOs, ofertas financiadas por Private Equity podem representar cerca de um terço das novas emissões", diz Ernst & Young Terco (EXAME)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2011 às 16h11.
São Paulo – Impulsionados pelos altos níveis de expansão do PIB, consumo doméstico, fluxo de capital estrangeiro e investimento em infraestrutura, Brasil, México e Argentina captaram 2,7 bilhões de dólares em ofertas públicas de ações (IPO, na sigla em inglês) no primeiro trimestre de 2011. O grande destaque em meio a este montante fica para o Brasil, que foi responsável por movimentar 2,1 bilhões de dólares no período. Os dados estão no estudo Private Equity, Public Exits, realizado globalmente pela Ernst & Young.
A avaliação mostra que a movimentação de capital brasileira chega perto do que foi verificado em toda Europa, que levantou apenas 2,2 bilhões de dólares em 50 operações, valor bem abaixo dos 4,8 bilhões de dólares em 48 negócios do mesmo período do ano anterior.
Empresas financiadas por fundos de Private Equity foram responsáveis por algumas das maiores operações de abertura de capital da história no primeiro trimestre de 2011, conforme revela o estudo. Essas companhias levantaram US$ 13,5 bilhões junto ao mercado de ações em 20 transações diferentes de IPO no período. O valor é mais do que o dobro dos US$ 7,2 bilhões arrecadados em 20 operações realizadas no mesmo período de 2010.
"Com o mercado brasileiro voltando a realizar IPOs, ofertas financiadas por Private Equity podem representar cerca de um terço das novas emissões. Existem muitas oportunidades para esse tipo de fundo. E eles estão olhando o Brasil como um destino preferencial de investimentos, principalmente fora do eixo RJ-SP, onde as indústrias precisam de capital para crescer", afirma Carlos Asciutti, sócio da Transações da Ernst & Young Terco.
Para Asciutti, os fundos de Private Equity foram protagonistas de grandes operações de abertura de capital no primeiro trimestre de 2011 - e isso deve continuar durante em 2011. “Após cinco anos em que aumentaram o portfólio graças a investimentos em diversas empresas, esses fundos devem manter o processo de pulverização do controle acionário de algumas delas para garantir o retorno sobre o investimento" conclui.