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Bradesco tem lucro de R$ 4,3 bilhões no 1º tri, queda de 37% na comparação anual

Rentabilidade do banco volta ao patamar dos dois dígitos; carteira de crédito avança

Bradesco aumenta provisões no 1º tri frente ao mesmo período do ano passado (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bradesco aumenta provisões no 1º tri frente ao mesmo período do ano passado (Paulo Fridman/Bloomberg)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 4 de maio de 2023 às 19h04.

Última atualização em 4 de maio de 2023 às 19h09.

O Bradesco (BBDC4) teve lucro líquido de R$ 4,28 bilhões no primeiro trimestre do ano, uma queda de 37,3% na comparação anual. Frente ao trimestre passado, no entanto, o lucro da instituição subiu 168,3%. Vale lembrar que, no trimestre anterior, o banco provisionou 100% da dívida de um cliente específico, que não foi citado nominalmente mas correspondia à Americanas (AMER3).

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do Bradesco, que indica a capacidade do banco de rentabilizar seu capital, ficou em 10,6%, queda de 7,4 pontos percentuais (p.p.) frente ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao trimestre passado, houve uma melhora: o indicador voltou ao patamar de dois dígitos – no trimestre anterior, o ROE havia sido de apenas 3,9%.

A margem financeira total foi de R$ 16,6 bilhões, queda de 2,4% na comparação anual. Quebrando o indicador, a margem financeira com clientes cresceu 7,3%, enquanto a margem com o mercado caiu 125%.

A carteira de crédito expandida do banco chegou aos R$ 879,3 bilhões, aumento de 5,4% em 12 meses e queda de 5,2% na comparação trimestral.

“[A redução ocorreu] devido ao atual momento do ciclo de crédito, bem como pelo reposicionamento da nossa política de crédito para modalidades de menor risco. Por outro lado, os produtos com garantias mantiveram crescimento em 12 meses e ganharam participação no mix de produção”, informou o banco em seu release de resultados.

O índice de inadimplência acima de 90 dias subiu para 5,1% – alta de 1,9 p.p. frente ao mesmo período do ano anterior. Já as provisões com devedores duvidosos subiram 96,8% na comparação anual, mas caíram 5,1% frente ao quarto trimestre do ano passado.

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