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Bradesco é uma “locomotiva em desaceleração”, diz analista

Projeção para ações foi reduzida após o resultado do segundo trimestre

As ações preferenciais do banco acumulam uma queda de 3% no ano (DIVULGACAO)

As ações preferenciais do banco acumulam uma queda de 3% no ano (DIVULGACAO)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2012 às 08h24.

São Paulo – A equipe de análise de ações do HSBC afirmou que o Bradesco é uma “locomotiva de receitas em desaceleração” após conferir os dados do banco sobre o segundo trimestre do ano. Os analistas Victor Galliano Mariel Santiago reduziram o preço-alvo às ações (BBDC4) de 34 reais para 32,50 reais e reiteraram a recomendação neutra, mostra um relatório enviado para clientes.

“Acreditamos que a administração do banco precisa administrar a desaceleração da receita,restringindo o crescimento dos custos para gerar retornos melhores”, ressaltam os analistas. O banco teve um lucro líquido de 2,83 bilhões de reais no segundo trimestre, ligeiro avanço de 1,7% sobre o mesmo período de 2011. O Bradesco, contudo, cortou a projeções de crescimento da carteira de crédito e aumentou a provisão para devedores duvidosos.

Crédito

“As perspectivas do Bradesco são, marginalmente, mais desafiadoras do que pensávamos anteriormente. Estamos preocupados com a possível pressão sobre as margens daqui para frente, e também com uma ligeira desaceleração nos volumes de crédito”, afirma o HSBC. O Bradesco cortou a faixa da expectativa de crescimento do crédito para 2012 de 18% a 22% para 14% a 18%. Galliano e Mariel rebaixaram a estimativa de 17% para 16,5%.

“Apesar de estarmos menos preocupados com a qualidade do crédito, elevamos nossa projeção de índice de inadimplência e de encargos de crédito daqui para frente, pois projetamos a cobertura de inadimplência em um patamar superior a 160%”, destacam os analistas.

Eles reconhecem que continuam abaixo do consenso em todos os níveis. “A nosso ver, podemos estar mais conservadores quanto às margens, e menos otimistas a respeito da história de controle de despesas operacionais; apesar disso, estimamos um aumento de 10% nessas despesas em 2012, no ponto médio do guidance de crescimento da administração de 8-12%”, dizem.

Segundo eles, a expectativa em relação ao avanço das despesas é o componente mais otimista das estimativas, mas lembram “que a administração do Bradesco ainda tem que provar sua competência nesse aspecto”.

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