O preço-alvo para as ações preferenciais foi reduzido de R$ 35 reais para R$ 34,50 (Divulgação/ Nyse)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2012 às 16h05.
São Paulo – O Bradesco (BBDC3; BBDC4) deixou perguntas em aberto em sua teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre do ano, avisam os analistas do HSBC em uma análise publicada nesta quarta-feira. Segundo eles, “faltou convicção sobre o guidance de crescimento do crédito e ficaram perguntas em aberto sobre a perspectiva de margens”.
O segundo maior banco privado do Brasil terminou o período com um lucro líquido de 2,793 bilhões de reais, um ligeiro crescimento de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O aumento de 20% na provisão para dívidas de difícil recuperação atrapalhou o desempenho no período.
“Acreditamos que uma deterioração adicional na qualidade dos ativos constitui uma preocupação justa, em virtude das expectativas de crescimento no crédito a PMEs (23-27% em 2012), especialmente em PMEs do varejo (empresas menores, com receita inferior a R$30 milhões)”, ressaltam Victor Galliano e Mariel Santiago, que assinam a análise.
Crédito e margens
Segundo o HSBC, a expectativa da administração do Bradesco para o crescimento do crédito em 2012, entre 18 e 22%, parece desafiador tendo em vista que chegou a apenas 15% na passagem anual durante o primeiro trimestre. “A resposta da administração foi que o aumento nos volumes deve compensar a queda nas margens e spreads, resultando em um impacto geral neutro sobre o resultado de intermediação financeira [NII, na sigla em inglês]”, dizem.
Os analistas dizem estar animados com o crescimento mais lento das despesas operacionais e concordam com a perspectiva para a qualidade de crédito, mas mostram apreensão com o ritmo rápido de crescimento no crédito para pequenas e médias empresas. “Além disso, também nos preocupamos com a pouca visibilidade da perspectiva de margens”, afirmam.
O preço-alvo para as ações preferenciais (BBDC4) foi reduzido de 35 reais para 34,50 reais, o que sugere um potencial de valorização de 12,6%. A recomendação foi mantida em “neutral”.