São Paulo - A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da BR Properties movimentou R$ 1,074 bilhão, de acordo com dados encaminhados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa obteve o preço de R$ 13 por ação, abaixo do piso da faixa indicativa inicial - que variava entre R$ 14 e R$ 18.

A oferta da BR Properties - que atua na área de aquisição, locação, administração, incorporação e venda de imóveis comerciais - envolvia inicialmente a distribuição primária e secundária de 71,876 milhões de ações ordinárias. Além do lote principal, foram registradas 10.781.400 ações do lote suplementar, que se não for exercido no prazo de 30 dias reduzirá o valor final da operação para R$ 934 milhões.

A BR Properties pretende usar os recursos da oferta na aquisição de imóveis e para desenvolver projetos de incorporação. Na análise de uma fonte, o risco do investimento é de execução, ou seja, da capacidade de a administração da BR Properties comprar ativos a um preço razoável e agregar valor a eles. Do total obtido no IPO, até R$ 257 milhões irão para os sócios que venderam parte de suas ações na oferta, entre eles a GP Investimentos, que antes da oferta detinha, indiretamente, 14,72% do capital da companhia.

A estreia das ações da BR Properties - a terceira empresa a abrir o capital este ano - no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo está prevista para a próxima segunda-feira, dia 8, sob o código "BRPR3". O coordenador líder da operação é o Itaú BBA, que atuou ao lado de Bradesco BBI, Goldman Sachs, Santander e Safra.

No total, as ofertas de ações já movimentaram R$ 4,37 bilhões este ano, de acordo com dados da CVM.