Edifício Ventura Towers II, construído pela BR Properties (Guilherme Costa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2011 às 17h35.
São Paulo – A BR Properties finalmente conseguiu agradar ao mercado. A notícia de que a companhia irá adquirir 100% das ações da WTorre Properties, que foi comprada pelo BTG Pactual no primeiro semestre do ano, deverá potencializar os papéis da incorporadora, avalia a equipe de pesquisa do Santander.
Na nova composição acionária, os acionistas da BR Properties terão 58,1% do capital social, enquanto o BTG Pactual deterá 30,8%. A WTorre S/A contará com 8,4% e os restantes 2,7% serão detidos por outros investidores.
O acordo deve ser aprovado durante os próximos 90 dias pelos acionistas da empresa. Com a incorporação da WTorre, a BR Properties passará a deter mais de 10 bilhões de reais de ativos imobiliários e aproximadamente 2,1 milhões de metros quadrados de área bruta locável.
“Esperamos ver uma forte reação nas ações da BR Properties”, preveem em relatório os analistas Flavio Queiroz, Fabiola Gama e Gonzalo Fernández. “Nossa expectativa está baseada no fato de que a aquisição funcionará como um forte catalizador para os papéis da empresa”, acrescentam. Na opinião do Santander, a compra da WTorre pela BR Properties deverá impulsionar o crescimento do portfólio da companhia “para um preço atrativo aos atuais acionistas”.
Diante deste cenário, Queiroz, Fabiola Gama e Fernández mantiveram a recomendação de compra para os papéis ordinários da BR Properties (BRPR3). Eles também reiteraram o preço-alvo de 28 reais. O novo valor representa um potencial de ganho de 59,90% frente à cotação de 17,51 reais vista no fechamento do último pregão.
Com esta perspectiva, o Santander prevê que a BR Properties deverá integrar o índice MSCI do banco americano Morgan Stanley durante a partir de novembro. Com isso, a companhia poderá ganhar mais visibilidade entre os investidores, podendo assim ampliar sua liquidez.
Direito de retirada
A transação de incorporação da WTorre pela BR Properties oferece aos acionistas a hipótese de exercício de retirada de ações do capital sócia da companhia. Com base no valor patrimonial da BR Properties em 2010 sobre a quantidade de ações registradas no mesmo ano, o valor pago seria de 19,45 reais para cada papel, segundo cálculos do Santander.
Na avaliação de Queiroz, Fabiola Gama e Fernández, a retirada de ações pode ser considerada positiva, já que o valor de 19,45 reais é 12,75% superior à cotação de fechamento das ações da companhia no dia 14 de setembro, quando os papéis fecharam negociados a 17,25 reais.