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Bovespa volta a cair afetada por papeis da Petrobras

O novo tombo nas ações da Petrobras e o avanço nos papéis do Bradesco travam o ritmo dos negócios locais


	Fachada da Bovespa: às 10h25, o Ibovespa caía 0,69%, aos 47.363,44 pontos
 (Bloomberg News/Paulo Fidman)

Fachada da Bovespa: às 10h25, o Ibovespa caía 0,69%, aos 47.363,44 pontos (Bloomberg News/Paulo Fidman)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 10h13.

São Paulo - A Bovespa abriu o pregão desta quinta-feira, 29, sem uma direção definida, em uma tentativa de acompanhar os ganhos ensaiados pelos mercados internacionais, diante do otimismo demonstrado na quarta-feira, 28, pelo Federal Reserve sobre a recuperação da economia dos Estados Unidos.

Porém, o novo tombo nas ações da Petrobras, estendendo as perdas da véspera, e o avanço nos papéis do Bradesco, depois do resultado trimestral em linha com o esperado, travam o ritmo dos negócios locais, deixando-os na linha d'água, ainda que com um viés de baixa.

Às 10h25, o Ibovespa caía 0,69%, aos 47.363,44 pontos, tendo oscilando entre os 47.846 pontos (+0,32%) na pontuação máxima do dia, e os 47.332 pontos (-0,76%), na mínima. Neste horário, Petrobras ON caía 5,91% e Petrobras PN recuava 4,65%, ao passo que Bradesco PN avançava 0,57%.

Ontem, as ações da Petrobras foram afetadas pela frustração das expectativas que cercavam o balanço financeiro não auditado do terceiro trimestre.

Já o Bradesco abriu a temporada entre os grandes bancos e registrou um lucro líquido contábil dentro do esperado, de R$ 3,993 bilhões no quarto trimestre de 2014, com alta de 29,7% em base anual. Às 10h30, o Bradesco realiza uma teleconferência para comentar seus resultados.

Em Wall Street, os índices futuros das bolsas de Nova York exibem sinal positivo, com +0,53% no S&P 500 e +0,57% no Dow Jones. Ontem, predominou a leitura de um tom mais duro ("hawkish") do comunicado do Federal Reserve, diante da retirada da ideia de que os Fed Funds seguirão perto de zero ainda "por tempo considerável".

Porém, em um segundo momento, os investidores passaram a avaliar que o Fed será "paciente" para elevar os juros norte-americanos, ao manter esse termo que havia sido colocado no documento da reunião de dezembro, ao mesmo tempo em que monitora os desdobramentos no exterior.

Já sobre o Banco Central brasileiro, o mercado doméstico ainda tem dúvidas se o tom da ata da reunião da semana passada, divulgada nesta manhã, é mais hawkish ou dovish ("suave").

Na avaliação do economista da Votorantim Corretora, Guilherme Maia, o documento do Copom foi o mais dovish que poderia ser, dadas as atuais circunstâncias.

Em contrapartida, o estrategista-chefe da Fator Corretora, Paulo Gala, vê a ata como mais hawkish, deixando em aberto se a Selic vai crescer 0,25 ponto porcentual (pp) ou em 0,50pp em março.

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