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Bovespa tem alta de 0,35%, em dia de agenda esvaziada

Em março, o Ibovespa registrou o 1º desempenho negativo mensal do ano, com o mercado agora buscando impulso nas notícias do campo político

B3: "O que tem (no pregão) são movimentos normais de troca enquanto não aparece nenhuma notícia mais relevante" (Facebook/B3/Reprodução)

B3: "O que tem (no pregão) são movimentos normais de troca enquanto não aparece nenhuma notícia mais relevante" (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 3 de abril de 2017 às 17h53.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou os negócios desta segunda-feira em leve alta, com investidores evitando assumir grandes posições em um pregão marcado por agenda econômica esvaziada e com poucas novidades no campo político.

O Ibovespa subiu 0,35 por cento, a 65.211 pontos. No melhor momento do dia, o índice subiu 0,62 por cento, enquanto recuou 0,32 por cento na mínima do pregão.

O giro financeiro somou 6,47 bilhões de reais, abaixo da média diária verificada no mês passado, de 8,22 bilhões de reais e também inferior à media diária do ano até sexta-feira, de 8,04 bilhões de reais.

"O que tem (no pregão) são movimentos normais de troca enquanto não aparece nenhuma notícia mais relevante", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor Ari Santos.

Em março, o Ibovespa registrou o primeiro desempenho negativo mensal do ano, com o mercado agora buscando impulso nas notícias do campo político para retomar a trajetória de crescimento mais forte vista nos dois primeiros meses do ano, cujo desempenho compensou a queda em março e levou o índice a fechar o primeiro trimestre de 2017 com alta de 7,9 por cento.

"Os ruídos políticos na base do governo e dentro mesmo do PMDB deixam o investidor incomodado, uma vez que a solidez política poderia ser um driver importante na certeza de aprovação de reformas", escreveram mais cedo analistas da corretora Lerosa Investimentos, em nota a clientes.

Além da espera por novidades no avanço de reformas, como a da Previdência, investidores têm ainda no radar a expectativa pelo julgamento no Tribunal Superior Eleitoral da chapa Dilma-Temer, previsto para iniciar na terça-feira.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,69 por cento, exercendo a principal influência positiva no Ibovespa devido ao peso dos papéis na composição do índice. A sessão foi positiva para os bancos como um todo, com BRADESCO PN fechando em alta de 0,49 por cento e BANCO DO BRASIL ON ganhando 0,3 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 1,24 por cento e PETROBRAS ON avançou 1,12 por cento, na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional. No radar estava a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da venda de fatia na área de concessão denominada Iara para a francesa Total, além da decisão da empresa de manter os preços do diesel e da gasolina nas refinarias.

- FIBRIA ON ganhou 2,22 por cento. A maior produtora de celulose de eucalipto do mundo antecipou para o começo de setembro deste ano o início das operações da nova linha de produção do Projeto Horizonte 2, em Mato Grosso do Sul.

- JBS ON caiu 0,39 por cento, mas longe da mínima da sessão, quando perdeu 2,55 por cento. Como pano de fundo estava a determinação da Justiça do afastamento de Joesley Batista da presidência da holding J&F, controladora da JBS, e também da produtora de celulose Eldorado Brasil.

- KLABIN perdeu 0,86 por cento, após subir nos quatro pregões anteriores e acumular alta de 10,4 por cento no período.

- USIMINAS PNA recuou 1,58 por cento, enquanto GERDAU PN caiu 1,38 por cento e CSN ON perdeu 1,54 por cento. A sessão foi marcada por revisão de avaliações do Credit Suisse para ações de empresas de siderurgia e mineração. Os analistas do banco retomaram a cobertura das ações da Usiminas com recomendação "neutra" e preço-alvo de 4,5 reais. A recomendação para os papéis da Gerdau foi mantida em "outperform", mas o preço-alvo foi reduzido para 14 reais.

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