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Bovespa sobe mais de 2% e encosta nos 58 mil pontos

Na falta de notícias, mercado é animado por bom tom no exterior


	Telão da Bovespa: principal índice encerrou na máxima da sessão
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Telão da Bovespa: principal índice encerrou na máxima da sessão (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 16h58.

A ausência de notícias negativas vindas do exterior abriu espaço para a Bovespa engatar um movimento de alta nesta véspera de fim do mês. Os ganhos foram ampliados no final, fazendo o principal índice de ações encerrar na máxima do dia. A forte alta dos papéis da Petrobras e da Vale e os ganhos das siderúrgicas e dos bancos contribuíram para o Ibovespa encostar nos 58 mil pontos.

A expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegue a um acordo com o Congresso do país na questão do abismo fiscal ditou o bom humor dos negócios. No entanto, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, afirmou que não há progresso nas conversações com a Casa Branca. O fato é que o mercado carente de notícias se apegou a informação positiva e aproveitou para tentar minimizar as perdas no mês. A agenda de indicadores econômicos norte-americanos também foi bem recebida.

O Ibovespa encerrou na máxima, com valorização de 2,32%, aos 57.852,53 pontos. Com isso, passou a registrar ganho de 1,37% no mês e de 1,94% no ano. Na mínima, o índice atingiu 56.562 pontos (+0,04%). O volume financeiro, de R$ 8,274 bilhões, foi o maior do mês.

O movimento desta quinta-feira é atribuído, principalmente, a uma realização técnica, que foi possível diante de um cenário externo mais tranquilo. Para o gerente de renda variável da Hcommcor, Ari Santos, o mercado estava precisando de recuperação e à medida em que a Bolsa sobe, o ânimo do investidor muda. No entanto, ele lembrou que, embora alguns papéis tiveram uma forte alta nesta quinta-feira eles estão longe de anular as perdas no ano.


Um exemplo citado por Santos são os papéis PNA da Vale, que encerraram com ganho de 3,92%. "No exercício (opções sobre ações) de setembro, o papel estava valendo R$ 38,00. Ou seja, subiu bem hoje, mas ainda não voltou para o nível de setembro", ressaltou.

A ação ON da mineradora fechou com valorização de 4,43% e, junto com CSN ON (+9,61%), Usiminas ON (+7,42%) e Usiminas PNA (+6,07%), figurou entre os destaques de alta do Ibovespa. Os papéis acompanharam a performance dos metais no mercado internacional.

Petrobras também fez bonito nesta quinta-feira e terminou com ganho de 1,72% na ON e 2,68% na PN, seguindo a performance da commodity no exterior.

Um experiente operador informou ainda que os estrangeiros operaram fortemente na ponta compradora. Além disso, o fato de ser fim de mês leva muitos fundos de pensão a fazerem ajustes em suas carteiras para tentarem minimizar as perdas ou melhorar os ganhos.

O principal destaque de alta foram os papéis da LLX ON, que terminaram o dia com um megavalorização de 27,59%. A empresa informou que assinou contrato com a GE para a instalação de unidade industrial na retro área do Superporto do Açu. O contrato terá a duração de 30 anos, renováveis por um período de até mais 30 anos.

Já Eletrobras PNB, que vinha de algumas altas, voltou a liderar as perdas do índice (-7,46%).

Em Nova York, às 17h24, o índice Dow Jones subia 0,38%, o S&P 500 ganhava 0,52% e o Nasdaq, +0,67%.

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