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Bovespa sobe 1,85% e Banco do Brasil é destaque positivo

As ações do Banco do Brasil liderando os ganhos, após a instituição financeira anunciar plano de reestruturação destinado a reduzir custos

Bovespa: o volume financeiro somou 10,8 bilhões de reais (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: o volume financeiro somou 10,8 bilhões de reais (Marcos Issa/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 19h05.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta segunda-feira e retomou o patamar dos 61 mil pontos, com as ações do Banco do Brasil liderando os ganhos, após a instituição financeira anunciar plano de reestruturação destinado a reduzir custos, e com cenário externo mais favorável corroborando o tom positivo.

O Ibovespa subiu 1,85 por cento, a 61.070 pontos, recuperando o patamar perdido há pouco mais de uma semana, em meio às preocupações com as políticas do próximo governo dos Estados Unidos, sob o comando do republicano Donald Trump.

O volume financeiro somou 10,8 bilhões de reais, sendo que deste total, 3,28 bilhões de reais foram relativos ao exercício de opções sobre ações.

A alta nos preços do petróleo no mercado internacional ajudou a encorajar a tomada de risco nesta sessão e impulsionou os ganhos da Petrobras.

A alta da commodity também favoreceu o desempenho positivo nas bolsas norte-americanas, com seus principais índices atingindo máximas históricas intradia.

A melhora no humor externo, no entanto, não tirou do radar a cautela com a expectativa pelo governo de Trump, com investidores monitorando a formação da equipe do republicano e à espera de sinalizações de como será a condução de seu governo.

Já no front local, o cenário político voltou a ser monitorado por investidores, após a acusação do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de ter sido pressionado pelo ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para liberação de empreendimento na Bahia.

Durante a tarde o governo confirmou a permanência do ministro no cargo, embora operadores sigam monitorando potenciais desdobramentos do acontecimento.

Destaques

Banco do Brasil subiu 7,84 por cento, a maior alta do Ibovespa, após anunciar um plano de reestruturação para economizar até 3,05 bilhões de reais. Analistas do Credit Suisse consideram os planos positivos para o Banco do Brasil, mas alertam que o fechamento de agências é negativo para a BB SEGURIDADE, cujas ações fecharam em baixa de 0,28 por cento, após subirem 1,1 por cento na máxima e caírem 1,4 por cento na mínima.

Petrobras PN avançou 7,3 por cento, enquanto Petrobras ON teve valorização de 5,12 por cento, em sessão marcada por alta nos preços do petróleo.

Também esteve no radar a decisão liminar da Justiça Federal de Sergipe de suspender o processo de venda de participação da petrolífera nos campos de Baúna e Tartaruga Verde para a Karoon Gas Australia. [O/R]

Vale PNA subiu 5,54 por cento e Vale ON avançou 5,13 por cento, seguindo o tom positivo do pregão, apesar do declínio nos preços do minério de ferro nesta sessão.

As ações PNA caíram mais de 10 por cento nos três pregões anteriores, em meio à queda nos preços do minério e após fortes ganhos recentes.

Itaú Unibanco PN ganhou 0,82 por cento, enquanto BRADESCO PN avançou 0,58 por cento, também ajudando o tom positivo do Ibovespa devido ao peso que as ações têm em sua composição. No mês até sexta-feira, as ações do Itaú acumulavam queda de quase 8 por cento, enquanto os papéis preferenciais do Bradesco tinham perda superior a 12 por cento.

Telefônica PN teve valorização de 0,97 por cento. No radar estava a divulgação da empresa de seu plano para investir 24 bilhões de reais de 2017 a 2019, com foco principal em expansão de cobertura 4G e ampliação da rede de fibra.

Embraer caiu 2,97 por cento, no pior desempenho do Ibovespa, em meio à queda do dólar frente ao real.

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