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Bovespa sobe 1,62% com dados da China e Bernanke

O índice Bovespa conseguiu recuperar os 60 mil pontos perdidos na véspera, em dia de destaque para as ações da BRF Brasil Foods

Outra notícia que agradou os investidores foi a declaração de Bernanke de que existe a possibilidade de adoção de um terceiro programa de afrouxamento quantitativo (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

Outra notícia que agradou os investidores foi a declaração de Bernanke de que existe a possibilidade de adoção de um terceiro programa de afrouxamento quantitativo (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 17h46.

São Paulo - Os dados favoráveis da China e o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, no Congresso norte-americano, serviram de desculpa para os investidores interromperem uma sequência de perdas e aproveitarem os preços baratos das ações na Bolsa de Valores de São Paulo. O índice Bovespa, assim, conseguiu recuperar os 60 mil pontos perdidos na véspera, em dia de destaque para as ações da BRF Brasil Foods, depois que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão entre a Sadia e a Perdigão.

O Ibovespa terminou o dia em alta de 1,62%, aos 60.669,89 pontos. Na mínima do pregão, registrou 59.718 pontos (+0,02%) e, na máxima, os 60.847 pontos (+1,91%). No mês, acumula perda de 2,78% e, no ano, de 12,46%. O giro financeiro totalizou R$ 6,776 bilhões. Os dados são preliminares.

A China anunciou que seu PIB cresceu 9,5% no segundo trimestre ante o mesmo intervalo do ano passado, enquanto a produção industrial em junho avançou 15,1% na comparação com junho de 2010. No caso do PIB, a previsão era de 9,4% e, embora o resultado oficial tenha ficado ligeiramente maior, o que reforça as preocupações com mais aperto monetário, a interpretação é de que a economia não está passando por um pouso forçado, já que no primeiro trimestre a alta tinha sido maior, de 9,7%. A produção industrial da China também ficou acima do previsto, 13,1%, após uma variação de 13,3% em maio.

Outra notícia que agradou os investidores foi a declaração de Bernanke de que existe a possibilidade de adoção de um terceiro programa de afrouxamento quantitativo (chamado de QE3, na sigla em inglês).

Assim, a disposição do mercado para compras deixou de lado o que de ruim vem atrapalhando os negócios até então: a Europa. Nem mesmo o rebaixamento da Grécia pela agência de classificação de risco Fitch, de B+ para CCC, fez preço. As bolsas europeias, que fecharam antes do anúncio da Fitch, subiram empurradas por Bernanke e ignoraram o rebaixamento, ontem, da Irlanda pela Moody's.

Nos EUA, o Dow Jones encerrou em alta de 0,36%, aos 12.491,61 pontos. S&P 500 avançou 0,31%, aos 1.317,72 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 0,54%, aos 2.796,92 pontos.

A compra de risco puxou para cima os preço das commodities (matérias-primas negociadas em Bolsa), o que favoreceu a Bovespa. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato de petróleo para agosto ficou 0,64% mais caro, a US$ 98,05 o barril.

Na Bovespa, Petrobras ON fechou com alta de 1,18% e Petrobras PN, de 1,17%. Vale ON ganhou 1,24% e Vale PNA, +1,44%.

BRF Brasil Foods ON subiu 9,77%. O Cade aprovou hoje, por 4 votos a 1, a fusão entre Sadia e Perdigão. Ficou acertado que a empresa terá que se desfazer de ativos que resultem em menos 730 mil toneladas de produtos por ano.

Pão de Açúcar PN fechou com alta de 0,46%. Ontem, o BTG Pactual e a Península Participações, empresa da família Diniz, comunicaram que desistiram de continuar a proposta de fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour no Brasil, após a desistência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de participar da operação por meio da BNDESPar.

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