Mercados

Bovespa recua em linha com bolsas no exterior

A Bovespa operava em baixa, acompanhando os mercados externos e pressionada por bancos


	Bovespa: ações de bancos estavam entre as maiores quedas da Bolsa brasileira
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: ações de bancos estavam entre as maiores quedas da Bolsa brasileira (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 12h04.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava na manhã desta segunda-feira, em linha com o viés negativo nas praças acionárias externas, com ações de bancos entre as maiores pressões de baixa no pregão brasileiro.

Às 11:05, o Ibovespa caía 1,23 por cento, a 57.974,75 pontos. O volume financeiro era de 711,8 milhões de reais.

"A semana está começando com comportamento de queda nos mercados de risco, especialmente bolsas de valores... No Brasil, a Bovespa deve acompanhar, guardados possíveis efeitos de Petrobras e petróleo no mercado internacional", escreveu o economista-chefe da Home Broker Modalmais, Alvaro Bandeira, em nota a clientes.

Na Europa, os principais índices recuavam pressionados pelas perdas em ações de grandes bancos e de empresas do setor de energia.

O Deutsche Bank atingiu mínimas após a revista alemã Focus informar que a chanceler alemã, Angela Merkel, descartou ajuda do Estado para o banco e rejeitou qualquer interferência na investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Wall Street também caía, com investidores aguardando o debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton e Donald Trump.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO caía 1,4 por cento, em sessão negativa para o setor, e ajudava a pressionar o Ibovespa, devido ao peso que os papéis têm na composição do índice.

- PETROBRAS PN recuava 0,9 por cento e PETROBRAS ON caía 1,3 por cento, na contramão dos preços do petróleo que subiam nesta sessão com a reunião dos produtores para discutir formas de apoiar o mercado.

- EMBRAER tinha desvalorização de 2,4 por cento.

Como pano de fundo estava a informação da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, de que a empresa prepara a venda da unidade de defesa.

- CSN subia 0,6 por cento, entre os poucos papéis do Ibovespa no azul. No fim de semana, a coluna Radar da revista Veja noticiou que a siderúrgica está perto de vender a mineradora Casa de Pedra para um grupo chinês, cujo desfecho deve ser anunciado nas próximas semanas.

- CPFL ENERGIA tinha variação positiva de 0,3 por cento, também entre as poucas altas do índice. A Previ, fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil, exerceu a opção de vender sua fatia na CPFL à State Grid.

- BRASIL PHARMA tinha valorização de 4,2 por cento após anunciar a venda da Drogaria Rosário para a PROFARMA , que ganhava 3,7 por cento. As ações das duas empresas não fazem parte do Ibovespa.

- ELETROBRAS, que não está no Ibovespa, caía 2,8 por cento. Na sexta-feira a estatal informou a convocação de assembleia geral extraordinária de acionistas para 24 de outubro para deliberar sobre a venda do controle acionário da distribuidora da energia goiana Celg-D.

*Atualizada às 12h04

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresMercado financeiro

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney