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Bovespa recua com Vale e bancos; Petrobras ensaia recuperação após tombo

Às 11:32, o Ibovespa caía 0,45 por cento, a 79.758 pontos. O volume financeiro no pregão era de 3,9 bilhões de reais

Sobe e desce: PETROBRAS PN subia 1,5 por cento e PETROBRAS ON caía 0,2 por cento, abandonando ganhos mais fortes no início da sessão, após tombo de cerca de 14 por cento na quinta-feira (Reuters/Reuters)

Sobe e desce: PETROBRAS PN subia 1,5 por cento e PETROBRAS ON caía 0,2 por cento, abandonando ganhos mais fortes no início da sessão, após tombo de cerca de 14 por cento na quinta-feira (Reuters/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 25 de maio de 2018 às 11h47.

Última atualização em 25 de maio de 2018 às 11h49.

São Paulo- A bolsa paulista perdeu o fôlego da abertura e tinha leve queda no final da manhã desta sexta-feira, em meio ao cenário externo desfavorável, com Vale e bancos privados pressionando negativamente o Ibovespa, enquanto Petrobras ensaiava alguma recuperação após tombo de 14 por cento na véspera.

Agentes financeiros também seguem monitorando os potenciais desdobramentos da greve dos caminhoneiros, que entrou no quinto dia nesta sexta-feira. Várias companhias já relataram impacto em suas operações.

Às 11:32, o Ibovespa caía 0,45 por cento, a 79.758 pontos. O volume financeiro no pregão era de 3,9 bilhões de reais.

Os protestos de caminhoneiros contra a alta do diesel continuam em 24 Estados e no Distrito Federal e afetam alguns portos, incluindo o de Santos (SP), o maior e mais importante do país, mesmo após o anúncio na véspera de um acordo entre a categoria e o governo.

Para a equipe da Coinvalores, as negociações entre caminhoneiros e governo, bem como seus desdobramentos para as contas públicas, seguem sob os holofotes, influenciando também a bolsa, uma vez que a paralisação segue afetando a operação de diversos ramos de atividade, segundo nota a clientes.

No exterior, o S&P 500 recuava em Wall Street, em meio à queda nos preços do petróleo e resultados corporativos decepcionantes. O dólar também se fortalecia ante uma cesta de moedas e as commodities tinham sessão negativa.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN subia 1,5 por cento e PETROBRAS ON caía 0,2 por cento, abandonando ganhos mais fortes no início da sessão, após tombo de cerca de 14 por cento na quinta-feira. Agentes financeiros analisavam os termos do acordo do governo com os caminhoneiros e ainda enxergavam incerteza elevada em relação à companhia, principalmente a vulnerabilidade à interferência governamental.

- VALE caía 1,9 por cento, conforme o preço do minério de ferro voltou a recuar na China. Na esteira, BRADESPAR PN, que concentra seus investimentos na mineradora, onde detém 6,41 por cento do capital total, caía 2,5 por cento.

- USIMINAS PNA perdia 4,9 por cento, com siderúrgicas também no campo negativo na sessão.

- LOJAS AMERICANAS PN recuava 1,6 por cento, em movimento acompanhado por outras ações de companhias de varejo, com o setor já sentindo o efeito da greve dos caminhoneiros no fornecimento dos produtos. Para a equipe da Brasil Plural, os impactos da greve dependerão de sua duração.

- BRADESCO PN perdia 1,7 por cento, também pesando no Ibovespa, e enquanto ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,4 por cento, revertendo alta da abertura, quando repercutiu proposta de desdobrar em 50 por cento as atuais ações do banco, mas com manutenção dos dividendos mensais.

- SABESP subia 2,22 por cento, após a companhia paulista de saneamento apresentar um recurso administrativo à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) pedindo que seja reconsiderado o resultado final da segunda revisão tarifária, que ficou aquém das expectativas da empresa.

- GOL PN valorizava-se 2,9 por cento, encontrando no recuo dos preços do petróleo no exterior apoio para alguma recuperação, depois de acumular queda de 37 por cento em maio até a véspera.

- JBS avançava 2,3 por cento, dando continuidade à trajetória positiva no mês, que já alcança 9 por cento. A companhia é beneficiada, entre outros fatores, pela valorização do dólar ante o real, uma vez que parcela relevante de sua receita é na moeda norte-americana.

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