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Bovespa recua 1,5% com exterior negativo e política no radar

Às 11h13, o Ibovespa caía 1,5%, a 76.205,51 pontos, com apenas quatro das 67 ações do índice operando em alta

No mercado externo, o índice acionário norte-americano S&P 500 cedia 0,5%, com resultados decepcionantes (Enio Prado/Wikimedia Commons)

No mercado externo, o índice acionário norte-americano S&P 500 cedia 0,5%, com resultados decepcionantes (Enio Prado/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 19 de julho de 2018 às 13h42.

São Paulo - O tom negativo prevalecia na bolsa paulista na manhã desta quinta-feira, ditado pelo viés desfavorável no exterior, com as atenções no mercado brasileiro voltadas a desdobramentos no cenário político, em meio à temporada de resultados.

Às 11:13, o Ibovespa caía 1,5 por cento, a 76.205,51 pontos, com apenas quatro das 67 ações do índice operando em alta. O volume financeiro era de 1,9 bilhão de reais.

"Diante da falta de indicadores relevantes, o noticiário político deve atrair ainda mais os holofotes, com o mercado atento aos acordos partidários que devem sair entre essa e a próxima semana", disse a Coinvalores, em nota a clientes.

O PDT dará a largada do período de convenções na sexta-feira e será seguido pelo PSL, no domingo. PSDB, PT, Rede, MDB e Podemos decidiram deixar suas convenções para o início de agosto.

Profissionais da área de renda variável tem voltado a atenção particularmente para a movimentação do chamado 'blocão', liderado por PP e DEM.

O blocão "é um dos mais disputados pelos pré-candidatos, uma vez que detêm parcela relevante do tempo de TV, das prefeituras e dos fundos públicos", disse a equipe do BTG Pactual em nota distribuída a clientes.

A equipe de análise política do Grupo XP avalia que o bloco deve apoiar um candidato de forma unida, mas que o quadro realmente está indefinido dentro dos partidos, divididos entre os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

No mercado externo, o índice acionário norte-americano S&P 500 cedia 0,5 por cento, com resultados decepcionantes, enquanto a notícia de que a União Europeia prepara retaliação se os EUA impuserem tarifas sobre os carros do bloco europeu elevavam a tensão comercial.

DESTAQUES

- VALE caía 2,45 por cento, respondendo pela maior pressão de baixa individual no Ibovespa dado o seu peso relevante na composição do índice, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China. Analistas do Itaú BBA esperam resultados sólidos da mineradora no segundo trimestre, mas com estabilidade do Ebitda na base trimestral.

- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO recuavam 2,22 e 1,58 por cento, respectivamente, com o cenário político ganhando força, em meio a dúvidas ainda presentes sobre as coligações dos partidos para a disputa presidencial.

- PETROBRAS PN tinha queda de 0,78 por cento e PETROBRAS ON recuava 0,97 por cento, com os preços do petróleo no exterior ensaiando melhora. No radar, também estava entrevista do pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, ao jornal Valor Econômico, na qual ele afirma que vai buscar a venda da área de distribuição e dos poços maduros do pós-sal da companhia de controle estatal se eleito em outubro.

- GOL PN caía 3,93 por cento, em sessão de alta do dólar ante o real, após fortes ganhos em pregões recentes. A empresa de programa de fidelidade SMILES, controlada pela companhia aérea, caía 3,99 por cento.

- ESTÁCIO mostrava alta de 0,88 por cento, após fortes perdas recentes. No setor educacional, KROTON cedia 1,7 cento.

- TIM cedia 1,2 por cento, antes da divulgação do resultado do segundo trimestre nesta quinta-feira, após o fechamento do mercado. Analistas do BTG esperam mais um resultado forte, citando entre os suportes foco na migração de contas pré para pós-pagas.

 

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