William O'Brien, CEO do Direct Edge: executivo apresentou ponto de vista sobre concorrência para a CVM (Lucas Jackson/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2012 às 12h13.
São Paulo – Corretoras de valores brasileiras, estrangeiras, bancos de investimentos, operadores de alta frequência, BM&FBovespa e Cetip (CTIP3) estão reunidos hoje com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para apresentar o que pensam sobre a concorrência entre bolsas no Brasil.
O encontro segue a divulgação de um estudo sobre o assunto realizado pela consultoria Oxera. Entre os participantes, está a Direct Edge, empresa que pode ser apontada como uma das concorrentes mais sérias para a BM&FBovespa (BVMF3).
A companhia já opera uma bolsa de valores nos Estados Unidos e, em novembro do ano passado, anunciou formalmente sua intenção de lançar uma plataforma eletrônica de negociações no Brasil.
Participação da BM&FBovespa
Na apresentação, o presidente da Direct Edge, William O'Brien, cobrou de autoridades brasileiras garantia de acesso à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), ponto crucial para operar como bolsa de valores no país e que pertence à BM&FBovespa. A CBLC é a contraparte para o mercado de ações e de renda fixa e responsável pela fiscalização dos pagamentos e recebimentos.
"Essa questão da CLBC é muito importante. Essa questão da liquidação é vista como algo essencial para a introdução da concorrência", disse o executivo. "O governo efetivamente deu acesso à introdução da concorrência em 2011, na Austrália", acrescentou.
O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, salientou recentemente que a bolsa está implementando uma série de projetos, o que significa que ela não irá fornecer serviços para novas entrantes pelo menos até o final de 2013.
Confira a apresentação completa que a companhia fez nesta manhã.