São Paulo - Após duas sessões em baixa, a Bovespa mostra fôlego nesta terça-feira, 24, com Petrobras registrando ganhos, ao mesmo tempo em que no exterior as bolsas mostram melhora modesta, embora ainda prevaleça a posição defensiva do investidor.

O mercado local digere o resultado do setor externo em maio, que mostrou déficit em conta corrente em linha com a mediana das estimativas e Investimento Estrangeiro Direto (IED) acima da mediana e mais perto do teto das projeções.

Também no radar está a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para decidir sobre o aumento do porcentual de etanol na gasolina.

Às 10h43, o Ibovespa subia 0,85%, aos 54.671,11 pontos. As ações da Petrobras subiam 1,48% (PN) e 1,62% (ON). Entre as maiores altas do Ibovespa estavam também as ações da Eletropaulo, que subiam 3,05% (PN) e 1,68% (ON) com a expectativa de reajuste pedido pela companhia à Aneel.

O déficit em conta corrente somou US$ 6,635 bilhões em maio, em linha com a mediana projetada, de -US$ 6,700 bilhões, e um déficit menor do que o registrado em abril, de -US$ 8,291 bilhões.

Já o IED somou US$ 5,963 bilhões em maio, acima da mediana estimada, de US$ 5,05 bilhões e mais perto do teto do intervalo das previsões, de US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões.

A entrada de recursos foi mais forte do que a de abril, quando o IED teve fluxo positivo de US$ 5,233 bilhões.

As bolsas nova-iorquinas abriram divergentes, à espera de mais indicadores americanos. Mais cedo, o índice S&P/Case-Shiller mostrou aumento abaixo do esperado dos preços de moradias nas 20 maiores cidades dos EUA, com alta de 10,8% em abril ante igual mês do ano passado, de previsão de alta de 11,4%.

Ainda são aguardadas as divulgações de dados de atividade e confiança do consumidor nos EUA. Às 10h36, o Dow Jones caía 0,10%, o Nasdaq subia 0,11% e o S&P 500 tinha baixa de 0,13%.