Operadores da Bovespa: giro financeiro do pregão foi de 5,9 bilhões de reais (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 17h00.
São Paulo - O principal índice da Bovespa conseguiu encerrar no azul nesta quinta-feira, quando trocou de sinal várias vezes, com o mercado avaliando dados dos Estados Unidos enquanto a persistente incerteza sobre o futuro da política monetária norte-americana pairava sobre as negociações.
O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,11 por cento, a 50.121 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,9 bilhões de reais.
O índice teve mais um dia de variações modestas e volume financeiro reduzido. Passou a maior parte do pregão no vermelho, mas conseguiu fechar acima da barreira psicológica de 50 mil pontos.
"Tecnicamente esse é um nível de suporte, pois o índice chegou no início do mês ao redor desse patamar e voltou. Também pesa um pouco por ser um número redondo", afirmou o sócio da Zenith Asset Management, Guilherme Sand.
Nesta sessão, investidores escrutinaram dados mistos em busca de pistas que possam indicar se o Federal Reserve, banco central dos EUA, decidirá cortar seu programa de compra de 85 bilhões de dólares mensais em títulos na semana que vem.
Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA tiveram forte alta na semana passada, enquanto as vendas no varejo avançaram 0,7 por cento em novembro.
"Os pedidos de auxílio desemprego aumentaram... mas bem ou mal os números têm melhorado bastante e os incentivos vão ser cortados (em algum momento)", afirmou o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset. "A história de quando vai ser tem atrapalhado bastante o nosso mercado, é melhor ter o fato em si do que a especulação", acrescentou.
Aliada à aproximação do fim do ano, a espera pela reunião do comitê de política monetária do Fed tem mantido investidores ansiosos e reduzido as negociações na Bovespa nesta semana.
No lado corporativo, Vale foi a principal pressão negativa, enquanto BM&FBovespa teve a maior influência positiva.
A ação da Embraer, que chegou a subir mais de 6 por cento, devolveu quase a totalidade dos ganhos e fechou com valorização de apenas 0,34 por cento.
A fabricante de aviões anunciou pedido firme da American Airlines de 60 jatos E175, encomenda avaliada em 2,5 bilhões de dólares a preço de lista. Contudo, alguns analistas estimam descontos expressivos para o valor.
A equipe do banco Itaú BBA estima que a encomenda firme da AA à fabricante brasileira é de 1,5 bilhão de dólares, considerando preços similares aos estimados pela casa nos últimos negócios do setor de aviação regional nos EUA.
O analista Stephen Trent, da Citi Research, lembra que a AA já encomendou indiretamente 47 aviões E175 à Embraer via Republic Airways mais cedo neste ano.
Atualizado às 17h59min de 12/12/2013, para adicionar informações do fechamento do mercado.