Mercados

Bovespa fecha no azul com dados da China

Índice da bolsa encerrou repercutindo otimismo com dados da economia chinesa, enquanto participantes do mercado avaliavam declarações de autoridades do Fed


	Bovespa: índice subiu 0,43 por cento, a 51.165 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou 4,6 bilhões de reais
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: índice subiu 0,43 por cento, a 51.165 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou 4,6 bilhões de reais (Paulo Fridman/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 17h14.

São Paulo - O principal índice da Bovespa encerrou em alta esta segunda-feira, repercutindo o otimismo com dados da economia chinesa, enquanto participantes do mercado avaliavam declarações de autoridades do banco central dos Estados Unidos em busca de pistas sobre o programa de estímulos da instituição.

O Ibovespa subiu 0,43 por cento, a 51.165 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou 4,6 bilhões de reais.

As exportações da China em novembro superaram com folga as previsões, aumentando evidências recentes de uma estabilização da segunda maior economia do mundo. Além disso, a inflação anual ao consumidor na China desacelerou inesperadamente em novembro, aliviando preocupações com um aperto monetário no país asiático, importante parceiro comercial brasileiro.

"Tivemos um dia de pouca oscilação e um movimento mais lateralizado... os dados da China ajudaram. Com relação ao país (China), estou tranquilo. Acho que a possibilidade de estagnação (do crescimento) já começou a cair por terra", disse o analista Leandro Silvestrini, da Intrader.

Investidores também avaliaram declarações de autoridades do Federal Reserve, banco central dos EUA, que atualmente injeta 85 bilhões de dólares por mês na maior economia do mundo.

O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, afirmou que o banco central pode fazer um corte "pequeno" no estímulo monetário para reconhecer os ganhos no mercado de trabalho. Segundo ele, os mercados financeiros devem ser capazes de digerir a redução caso o Fed decida realizá-la em breve.

Na sexta-feira, as bolsas norte-americanas e a brasileira subiram com a divulgação de dados do mercado de trabalho norte-americano melhores que o esperado, mas que não foram considerados suficientemente fortes para que o Fed antecipe um corte de estímulos.

"A ideia de que a economia norte-americana pode iniciar o tapering (corte de estímulos) parece que não está mais assustando tanto os demais mercados. Mesmo com o tapering, a economia dos EUA continuará crescendo e puxando a economia mundial", disse o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

No cenário corporativo, Braskem teve a maior queda do Ibovespa desde o início do pregão, afetada pela notícia de que a Petrobras pretende incluir no novo contrato de fornecimento de nafta com a petroquímica um custo referente à importação do insumo. As ações da petroquímica recuaram mais de 4 por cento.

Contudo, a mineradora Vale e as siderúrgicas Usiminas e CSN mais que anularam o impacto negativo das ações da petroquímica.

Fora do Ibovespa, a operadora de turismo CVC estreou na bolsa com queda de 3,13 por cento. As ações da empresa saíram a 16 reais na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) realizada na quinta-feira, abaixo da faixa indicativa fixada pelos coordenadores.

"A empresa fez uma previsão mínima de 18 reais, não houve tanta procura e o papel abriu a 16 reais. Já começou mal, então o pessoal ficou com medo e saiu vendendo", afirmou Silvestrini, da Intrader.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasIbovespaMercado financeiroservicos-financeiros

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney