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Bovespa fecha em leve alta com exterior, mas giro é fraco

O Ibovespa fechou em alta com a expectativa relacionada à Grécia no exterior, mas o giro financeiro ficou abaixo da média


	Bovespa: o Ibovespa avançou 0,31%, a 53.917 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: o Ibovespa avançou 0,31%, a 53.917 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 18h06.

São Paulo - A Bovespa fechou em leve alta nesta segunda-feira, acompanhando bolsas no exterior por expectativas ligadas à Grécia, mas o giro financeiro ficou abaixo da média, reflexo da cautela com o noticiário político e a deterioração da economia.

O Ibovespa, avançou 0,21 por cento, a 53.863 pontos. O giro financeiro somou 5 bilhões de reais, abaixo da média diária do ano, de aproximadamente 7 bilhões de reais.

Na cena corporativa, Marfrig chegou a disparar quase 15 por cento, após acordo para vender a unidade de frangos e alimentos processados europeia Moy Park para a JBS.

Em Wall Street, o índice S&P 500 avançou 0,61 por cento e o Nasdaq renovou recorde. Apesar da ausência de um acordo sobre a Grécia, a apresentação de propostas por Atenas alimentou esperanças de uma solução de última hora.

Segundo profissionais do mercado ouvidos pela Reuters, a cena global proporcionou algum suporte, mas a nova fase da operação Lava Jato e seus potenciais desdobramentos adicionam incertezas nas esferas política e econômica.

Pesquisa Focus do Banco Central ainda mostrou economistas ajustando expectativas para o lado negativo, com as projeções para o IPCA subindo a 8,97 por cento e para a retração do PIB aumentando a 1,45 por cento em 2015.

DESTAQUES

MARFRIG fechou em alta de 9,7 por cento, após acertar no domingo a venda da unidade de frangos e alimentos processados europeia Moy Park para a JBS por cerca de 1,5 bilhão de dólares. JBS subiu 1,15 por cento.

CEMIG subiu 3,98 por cento, guiando as altas de elétricas no Ibovespa, com o índice do setor subindo 0,9 por cento. Estrategistas do JPMorgan disseram em relatório que o setor oferece oportunidades num cenário de alta de preços mais forte que o esperado, argumentando que as tarifas são ajustadas pela inflação e que a demanda é pouco elástica, além de haver melhora no risco para setores regulados no Brasil.

KROTON avançou 2,2 por cento, após três sessões no vermelho. PETROBRAS teve um dia volátil, diante das expectativas pela divulgação do plano de negócios. A ação preferencial subiram 0,23 por cento e a ordinária avançou 0,28 por cento, também ainda a leve alta do petróleo.

BRASKEM ganhou 0,4 por cento, após ter desabado mais de 10 por cento na sexta-feira, na esteira da prisão do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, em nova fase da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. A sede da Braskem, controlada pela Odebrecht, também foi alvo de busca e apreensão de documentos. VALE terminou em queda ao redor de 3 por cento, ante novo declínio nos preços do minério à vista nos portos chineses..

FIBRIA e EMBRAER caíram 1,9 e 1,6 por cento, respectivamente, em meio à queda do dólar.

Texto atualizado às 18h06

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