Mercados

Bovespa fecha em alta de 0,34% com avanço de reforma trabalhista

O avanço foi bem recebido pelo mercado, que mantém a expectativa de andamento das reformas, a despeito da crise política

B3: o placar apertado na votação da reforma ainda desperta alguma cautela (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: o placar apertado na votação da reforma ainda desperta alguma cautela (Patricia Monteiro/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 7 de junho de 2017 às 18h31.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em leve alta nesta quarta-feira, com algum alívio diante do avanço da reforma trabalhista no Congresso Nacional, mas com a queda nos preços do petróleo pressionando as ações da Petrobras e tirando fôlego do mercado acionário brasileiro.

O Ibovespa fechou em alta de 0,34 por cento, a 63.170 pontos, depois de subir 1,08 por cento na máxima do dia. O giro financeiro somou 6,59 bilhões de reais.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado concluiu na terça-feira, com placar apertado e sem nenhuma alteração, a votação da reforma trabalhista, que ainda precisará passar por outras comissões da Casa antes de seguir ao plenário.

O avanço foi bem recebido pelo mercado, que mantém a expectativa de andamento das reformas, a despeito da crise que atinge o Planalto desde a divulgação de conversa entre o presidente Michel Temer e um dos sócios da JBS.

No entanto, o placar apertado na votação ainda desperta alguma cautela quanto às dificuldades que devem ser encontradas à frente.

O quadro político como um todo tem feito com que investidores evitem grandes movimentos, tendo ainda no radar o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode decidir o futuro do presidente Temer.

Na sessão desta quarta-feira, o relator do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, Herman Benjamin, votou para manter o conteúdo de depoimentos de delatores da Odebrecht no caso, chegando a chamar a empreiteira de "maior parasita" da Petrobras.

Diante do ritmo demorado do julgamento, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, propôs realizar três sessões de julgamento para concluir o processo nos próximos dias, incluindo o sábado, se necessário.

Destaques

- SMILES ON subiu 2,05 por cento, após a operadora de programas de fidelidade informar que será incorporada pela Webjet, em operação bem recebida por analistas, que apontam os benefícios fiscais da medida. GOL PN, controladora da Smiles e que não faz parte do Ibovespa, ganhou 6,11 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 1,64 por cento, enquanto BRADESCO PN teve alta de 1,61 por cento, amparando o tom positivo do Ibovespa devido ao peso desses papéis em sua composição. A sessão foi positiva para o setor bancário como um todo, com SANTANDER UNIT avançando 2,02 por cento e BANCO DO BRASIL ON subindo 1,2 por cento.

- KROTON ON avançou 3,65 por cento e ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES ON subiu 3,8 por cento, tendo como pano de fundo o andamento do processo de fusão entre as duas empresas. Segundo operadores, a expectativa é que a Kroton vai aceitar as exigências mais duras que teriam sido impostas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Logo após o fechamento do mercado, a Kroton confirmou que o Cade estendeu o prazo para análise da fusão e disse que ainda não há acordo sobre eventuais desinvestimentos necessários para aprovação do acordo.

- PETROBRAS PN caiu 2,35 por cento e PETROBRAS ON teve baixa de 2,22 por cento, revertendo os ganhos vistos mais cedo, conforme os preços do petróleo no mercado internacional ampliaram as perdas após dados mostrarem um aumento inesperado nos estoques da commodity nos Estados Unidos.

- NATURA ON perdeu 1,46 por cento, após o UBS cortar a recomendação dos papéis para "venda" ante "neutra".

Acompanhe tudo sobre:B3IbovespaPetrobrasReforma trabalhistaTSE

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney