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Bovespa fecha em alta com Petrobras e BM&FBovespa em destaque

O índice trocou de sinal algumas vezes, subindo 1,22% na máxima e caindo e 0,77% no pior momento do dia

Bovespa: o mercado também espera uma definição sobre o contingenciamento de gastos (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: o mercado também espera uma definição sobre o contingenciamento de gastos (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de março de 2017 às 18h30.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta quarta-feira, com as ações da Petrobras e da BM&FBovespa entre as principais influências positivas, enquanto persistia a cautela com o cenário político local.

O Ibovespa subiu 0,86 por cento, a 63.521 pontos. O giro financeiro somou de 9,15 bilhões de reais.

O índice trocou de sinal algumas vezes, subindo 1,22 por cento na máxima e caindo e 0,77 por cento no pior momento do dia, tendo a cena política como motivo de cautela em meio ao recuo do governo em relação à proposta de reforma da Previdência e à espera da divulgação do contingenciamento de gastos públicos.

"O lado político ainda não está tranquilo e a bolsa reflete isso", disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos.

Na véspera, o presidente Michel Temer anunciou que somente os servidores públicos federais serão atingidos pelas mudanças na proposta de reforma da Previdência, deixando de fora servidores estaduais e municípios, na tentativa de facilitar a tramitação da medida no Congresso.

O mercado também espera uma definição sobre o contingenciamento de gastos.

Na terça-feira, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que o corte seria de 30 bilhões a 35 bilhões de reais. Mas duas fontes confirmaram à Reuters nesta quarta-feira que o corte deve chegar a 58,2 bilhões de reais.

Neste pregão, a melhora em Wall Street também ajudou a manter o tom positivo no mercado acionário brasileiro. O S&P 500 fechou em alta de 0,19 por cento, após ter operado no território negativo mais cedo e de cair mais de 1 por cento na véspera.

Destaques

- PETROBRAS PN subiu 5,08 por cento e PETROBRAS ON ganhou 3,28 por cento, após divulgação de balanço com lucro de 2,5 bilhões de reais no quarto trimestre e númerosmostrando melhora no desempenho operacional no ano passado, com forte redução do endividamento da empresa, ainda que permaneça a maior dívida da indústria de petróleo global.

- BM&FBOVESPA ON avançou 3,1 por cento após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a fusão com a Cetip, aceitando as propostas das próprias companhias para conduta com eventuais concorrentes e política de preços. Na máxima do pregão, as ações da operadora da bolsa dispararam 7 por cento. As ações da CETIP subiram1,24 por cento, a 48,3 reais-- maior patamar histórico de fechamento.

- VALE PNA subiu 1,23 por cento e VALE ON teve ganhos de 1,24 por cento, recuperando parte das fortes perdas da véspera, quando as ações preferenciais tiveram o maior recuo em quase nove meses. A recuperação veio a despeito de nova queda dos contratos futuros de minério de ferro e aço na China.

- GPA PN avançou 5,31 por cento, a maior alta do Ibovespa. O JP Morgan retomou a cobertura das empresa adotando recomendação "overweight", com preço-alvo para dezembro de 2017 de 74 reais.

- CEMIG PN caiu 2,09 por cento, entre os destaques negativos do Ibovespa. No radar estava a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de revogar liminar que permitia que a Cemig continuasse como operadora da hidrelétrica de Jaguara nas condições oficiais do contrato de concessão da usina, encerrado em 2013. No pior momento do dia, o papel caiu cerca de 10 por cento.

- KROTON ON perdeu 1,82 por cento. A empresa de educação superior teve lucro líquido de 377,7 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 27,8 por cento ante igual período do ano anterior. Em nota a clientes, o analista Vinicius Ribeiro, da corretora Brasil Plural, afirmou que os números mostraram a capacidade da empresa para alcançar as metas para 2016 e a queda das ações neste pregão reflete a desaceleração dos números em relação ao restante do ano.

- JBS ON subiu 1,77 por cento e BRF ON teve baixa de 0,75 por cento, ainda tendo no radar os impactos da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, conforme países seguemanunciando restrições a importações de carne brasileira. MARFRIG ON subiu 2,4 por cento e MINERVA ON, que não faz parte do Ibovespa, teve baixa de 0,53 por cento.

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