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Bovespa fecha em alta após superar 58 mil pontos

O Ibovespa fechou em alta de 1,11%, em meio à valorização expressiva das ações da Petrobras e da Vale e noticiário corporativo intenso


	Bovespa: o Ibovespa ultrapassava a barreira dos 58 mil pontos durante os negócios desde meados de outubro de 2014
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: o Ibovespa ultrapassava a barreira dos 58 mil pontos durante os negócios desde meados de outubro de 2014 (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2015 às 17h46.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta acima de 1 por cento nesta terça-feira, com o seu principal índice acima dos 58 mil pontos pela primeira vez em quase sete meses, em meio à valorização expressiva das ações de Petrobras e Vale e noticiário corporativo intenso.

O Ibovespa avançou 1,22 por cento, a 58.051 pontos.

O índice não ficava acima dos 58 mil pontos desde meados de outubro de 2014. O giro financeiro do pregão alcançou 8 bilhões de reais.

Dados da BM&FBovespa disponibilizados nesta terça-feira mostraram que a bolsa terminou abril com saldo de capital externo positivo em 7,6 bilhões de reais, o melhor resultado mensal da série histórica, que tem início em 2000.

Petrobras avançou mais de 4 por cento e rompeu a média diária móvel em 200 dias, conforme o mercado segue atento à possibilidade de mudanças em regras de conteúdo local no setor de petróleo, bem como a eventual não obrigação de a estatal participar de leilões do pré-sal.

Vale apresentou desempenho forte, com o papel ON saltando 9,2 por cento, com nova alta dos preços do minério de ferro na China e cobertura de posições vendidas.

As preferenciais da mineradora subiram 5,18 por cento.

Eletrobras disparou quase 14 por cento, após reportagem do jornal Valor Econômico afirmar que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) marcou julgamento de processo em que a União é acusada de voto abusivo na aprovação da renovação onerosa das concessões pela estatal, em 2012.

Natura figurou entre as maiores altas, com valorização de 8,84 por cento. Relatórios do Credit Suisse e do Itaú BBA divulgados na véspera citaram que a empresa obteve liminar suspendendo o aumento do IPI. Procurada pela Reuters, a empresa preferiu não comentar.

Marfrig saltou 9,98 por cento, após comentário da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, na segunda-feira sobre a possibilidade de acordo bilateral para comércio de carne de bovinos entre Estados Unidos e Brasil.

Marcopolo não sustentou a alta inicial e caiu 1,03 por cento, com analistas repercutindo o balanço do primeiro trimestre divulgado na véspera. Usiminas subiu 3,91 por cento, após tribunal de Minas Gerais decidir contra a Ternium em disputa com Nippon Steel em torno do comando da empresa. CSN, que tem fatia na Usiminas, avançou 4,16 por cento.

O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou que não tem pressa para vender suas ações na concorrente. Itaú PN recuou 0,98 por cento, com o aumento de provisões para perdas com calotes e piora em estimativas contrabalançando o lucro acima do esperado no primeiro trimestre.

BR Properties reverteu perdas iniciais e subiu 2,07 por cento, após divulgar queda de 49 por cento no lucro no primeiro trimestre, com queda em receita e aumento de despesas.

Kroton e Estácio Participações foram destaque de queda do Ibovespa, após o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmar na segunda que o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) esgotou seus recursos para 2015.

*Texto atualizado às 17h46

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