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Bovespa fecha em alta após medidas da China

A bolsa paulista fechou a terça-feira no azul, após o anúncio de medidas de estímulo econômico pela China


	Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa
 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 18h25.

São Paulo - A Bovespa fechou a terça-feira no azul, após o anúncio de medidas de estímulo econômico pela China, mas com o seu principal índice longe das máximas do dia, acompanhando a perda de fôlego das bolsas norte-americanas no fim da sessão. O Ibovespa subiu 0,47 por cento, a 44.544 pontos. Na máxima da sessão, o índice chegou a subir 2,82 por cento. O giro financeiro totalizou 5,9 bilhões de reais.

Na véspera, o índice de referência do mercado acionário brasileiro recuou à mínima em mais de seis anos, acompanhando um forte movimento global de aversão a risco gerado por preocupações com a economia chinesa. A reação no ambiente financeiro global nesta sessão, que reverberou na Bovespa, encontrou suporte no corte de juros e das taxas de compulsório pela segunda vez em dois meses pelo banco central chinês.

Na parte da tarde, contudo, Wall Street perdeu força, com os principais índices acionários passando ao terreno negativo próximo do fechamento, conforme temores sobre a China voltaram a pressionar os negócios. O S&P 500 fechou em queda de 1,35 por cento.

Em nota a clientes, o Bank of America Merrill Lynch avaliou que pode ser necessário muito além das medidas anunciadas pelo BC chinês para segurar os mercados chineses e recomendou a venda em qualquer momento de recuperação. Para o trader Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management, as preocupações com China vieram para ficar. "Podem até ser relevadas a curto prazo, mas vão estar mais presentes nos balanços de risco dos agentes", disse.

Ao mesmo tempo, o quadro político local segue instável, com a saída do vice-presidente Michel Temer do comando da articulação política do governo adicionando dúvidas sobre a qualidade da relação desgastada entre Executivo e Legislativo.

Destaques

Petrobras: fechou com as preferenciais em alta de 1,8 por cento, acompanhando a recuperação dos preços do petróleo. A estatal está entre as companhias aprovadas pela ANP para participar da 13ª rodada de licitações de áreas de petróleo.

Itaú Unibanco: reverteu a alta e fechou em queda de 0,27 por cento, enquanto Bradesco descelerou o avanço para 0,35 por cento. O noticiário do setor também contou com declaração da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora da MP 675, que eleva a CSLL para instituições financeiras, de que aceita fazer uma "adequação" da redação da medida para estabelecer a alíquota da contribuição em 20 por cento e não mais em 23 por cento. Ela também afirmou que deve apresentar na próxima semana proposta sobre o fim de benefício tributário via juros sobre capital próprio.

Light: avançou 6,67 por cento após divulgar projeções na véspera, entre as quais redução nos investimentos para o período de 2015 a 2018, para 3,5 bilhões de reais. Também nesta terça-feira o banco JPMorgan elevou recomendação da ação da companhia de energia elétrica de "neutra" para "overweight".

Triunfo, que não está no Ibovespa, disparou 18,7 por cento, após o Conselho de Administração da companhia de infraestrutura aprovar a venda de duas usinas hidrelétricas e da comercializadora de energia do grupo para a China Three Gorges, em uma operação que pode chegar a quase 2 bilhões de reais. Na máxima, a alta superou 30 por cento. "Após a transação ser concluída, nós estimamos que a alavancagem da Triunfo cairá significativamente", disse o Santander Brasil, em nota a clientes, em que avaliou positivamente a venda dos ativos.

Texto atualizado às 18h25
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