Bovespa: a expectativa de aceleração no ritmo de corte do juro após duas reduções de 0,25 ponto percentual pode impulsionar as negociações na Bovespa (Germano Lüders/Exame)
Reuters
Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 18h48.
São Paulo - O principal índice da Bovespa encerrou quase estável nesta segunda-feira, com os ganhos da mineradora Vale sendo neutralizados pelo fraco desempenho de Petrobras e Banco do Brasil.
O Ibovespa teve alta de 0,06 por cento, a 61.700 pontos, oscilando entre 0,6 por cento de queda e 0,72 por cento de alta. O giro financeiro da sessão somou 5,63 bilhões de reais.
A recuperação de alguns bancos, principalmente do Itaú Unibanco, também ajudou a contrabalançar as perdas de Banco do Brasil e de Petrobras.
Sem muitas notícias no âmbito corporativo, as atenções do mercado estão concentradas sobre a reunião do Banco Central sobre a taxa básica de juro na quarta-feira.
A expectativa de aceleração no ritmo de corte do juro após duas reduções de 0,25 ponto percentual pode impulsionar as negociações na Bovespa.
"A Bolsa vai ficar atrativa com a queda de juro", disse Ariovaldo dos Santos, da mesa de Bovespa da Hencorp Commcor.
Economistas consultados na pesquisa Focus preveem que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduza em 0,50 ponto percentual a Selic, hoje de 13,75 por cento ao ano..
- VALE PNA subiu 2,1 por cento, e VALE ON subiu 2,04 por cento. A mineradora espelhou o avanço do minério de ferro na China e a recomendação acima da média do mercado atribuída pelo Barclays. "Acreditamos que os problemas de balanço da empresa estão no passado. Os preços do minério estão bem acima das expectativas", afirmou o banco.
-PETROBRAS PN caiu 2,1 por cento, e PETROBRAS ON cedeu 0,97 por cento, em linha com os preços do petróleo no mercado global. O mercado também reagiu ao anúncio de recompra até 2 bilhões de dólares em títulos, com pagamento em dinheiro, e oferta de novos títulos para refinanciar dívidas. A estatal ofereceu rendimento de aproximadamente 6,25 por cento ao ano para papéis com prazo de 5 anos, e 7,5 por cento ao ano para títulos de 10 anos.
- MARFRIG ON perdeu 4,27 por cento, queda mais acentuada do Ibovespa, após o JPMorgan cortar a recomendação do papel para abaixo da média do mercado. BRF FOODS ON recuou 1,1 por cento.
-BANCO DO BRASIL ON teve recuo de 3,77 por cento. No sábado, o banco piorou projeções de desempenho para 2016, incluindo a provisão para perdas com inadimplência e a rentabilidade sobre patrimônio líquido. Em relatório, o Credit Suisse destacou que a revisão sugere um quarto trimestre mais fraco. Na contramão, ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,48 por cento, e BRADESCO PN ganhou 0,13 por cento.
- PRUMO ON encerrou em alta de 1,88 por cento. A empresa informou que laudo de avaliação da Brasil Plural para a OPA que vai tirar a companhia do Novo Mercado trouxe uma faixa de preços de 9,98 a 11,03 reais por ação, acima do máximo proposto por controladores.