Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2012 às 10h34.
São Paulo - A Bovespa deve aparar os excessos de ontem, após a arrancada de 3,03%, mas esse ajuste pode ser absorvido ao longo do dia, uma vez que os mercados internacionais mostram-se dispostos em manter o otimismo da véspera na esteira das declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Porém, a fraca agenda econômica desta quarta-feira corrobora para uma volatilidade nos negócios. O Ibovespa abriu em queda de 0,21%, aos 68.249,62 pontos.
"Hoje é dia de ajuste", avalia o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Para ele, o "bom senso" diz que as "altas absurdas e até irracionais" de algumas ações no pregão de ontem devem ser devolvidas hoje; enquanto os papéis que ficaram para trás podem ser alvo de compras. É válido lembrar que ontem o Ibovespa fechou no maior nível do ano, por causa da avaliação do Fed sobre as economias norte-americana e global e também em relação ao sistema financeiro do país.
Mas Galdi ressalta que o movimento de recuperação dos negócios locais deve continuar, em linha com a euforia no exterior. "O cenário econômico global permite uma visão mais promissora para a Bolsa", avalia, referindo-se tanto aos sinais crescentes de retomada da atividade nos EUA quanto à diminuição do fator de risco na Europa. Hoje, o Eurogrupo aprovou formalmente o segundo pacote de ajuda à Grécia, de 130 bilhões de euros, e disse que a primeira parte do novo empréstimo ao país, num total de 39,4 bilhões de euros, será liberada em várias parcelas.
As principais bolsas europeias pegam carona na performance robusta dos mercados em Nova York ontem e operam em alta nesta manhã. Os ganhos são liderados pelos bancos. Com o fim da onda de pessimismo nos mercados financeiros, o profissional da SLW acredita que a Bolsa deve retomar os 70 mil pontos em breve, "em um dia de rali dos negócios". Mas, ao que tudo indica, essa conquista não deve ficar para hoje.