Bovespa: às 10h37, o Ibovespa caía 2,53%, aos 54.714,35 pontos (Marcos Issa/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2014 às 11h45.
São Paulo - A aversão ao risco continua ditando o ritmo dos mercados domésticos nesta quinta-feira, 16, que também são influenciados pela corrida presidencial no Brasil, que indica que a disputa vai ser definida no voto a voto.
Esses fatores internos e externos embutem perdas aceleradas da Bovespa, ao redor de 2,5%, mas o comportamento dos ativos globais foi atenuado após o avanço acima do esperado da produção industrial norte-americana em setembro, no maior aumento mensal em três anos.
Às 10h37, o Ibovespa caía 2,53%, aos 54.714,35 pontos, um pouco distante da pontuação mínima do dia, em baixa de 3,57%, aos 54.132 pontos. Neste horário, apenas duas ações figuravam entre os destaques de maiores altas, Suzano PNB (+1,23%) e Fibria ON (+0,16%), ao passo que as perdas eram lideradas pelos papéis ON e PN da Petrobras, com -6,36% e -6,30%.
Os negócios locais repercutem a situação de empate técnico entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na corrida pelo segundo turno das eleições presidenciais, após as pesquisas Ibope e Datafolha confirmarem, na quarta-feira, 15, à noite, os números divulgados na semana passada.
Ambos os levantamentos mostraram a mesma vantagem numérica do tucano frente à petista, com 51% das intenções de votos válidos contra 49%, respectivamente.
A margem de erro de ambas as pesquisas é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O Ibope ouviu 3.010 eleitores entre os dias 12 e 14 de outubro, enquanto o Datafolha entrevistou 9.081 eleitores entre terça-feira, 14, e ontem. Agora, as atenções se voltam para o novo debate entre Dilma e Aécio na TV, às 18 horas.
É válido lembrar que mesmo com o tombo de ontem, de -3,24%, o Ibovespa ainda acumula ganho de 2,93% desde o pregão seguinte ao primeiro turno das eleições, quando o tucano surpreendeu o mercado com sua arrancada nas urnas.
Já em Nova York, os índices futuros apontavam desde cedo para uma abertura em queda, embora o menor apetite por ativos mais arriscados tenha sido atenuado pelo crescimento de 1,0% da atividade da indústria nos Estados Unidos no mês passado ante agosto, acima da previsão de +0,4%, e no ritmo mais acelerado em pelo menos três anos.
No mesmo horário, em Wall Street, o Dow Jones recuava 0,75% e o S&P 500 perdia 0,92%, nos primeiros minutos após o início do pregão.
Mais cedo, foi informado que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu fortemente nesta semana para o menor nível desde abril de 2000, indicando melhora no mercado de trabalho do país. Na semana encerrada em 11 de outubro, houve 23 mil solicitações a menos, caindo para 264 mil, após ajustes sazonais.
O resultado ficou muito abaixo do esperado, de um total de 290 mil pedidos. As novas solicitações têm se mantido abaixo da marca dos 300 mil por cinco semanas consecutivas - maior intervalo abaixo desse patamar desde 2006.
Logo mais, às 11 horas, saem o índice de confiança das construtoras e o índice de atividade regional em Filadélfia, ambos referentes a outubro. Às 11h30, é a vez dos estoques semanais de petróleo e derivados.
Além dos balanços de Goldman Sachs e da UnitedHealth Group, anunciados mais cedo, a Delta Airlines também informou seu resultado financeiro no trimestre passado, quando teve lucro de US$ 357 milhões, em relação a igual período de 2013. O lucro por ação foi de US$ 0,42, ante previsão de US$ 1,18.
É válido lembrar que ontem as empresas aéreas estiveram entre os destaques de queda nas bolsas de Nova York, depois de o governo dos EUA confirmar o segundo caso de transmissão do vírus Ebola no país.