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Bovespa cai por cautela de investidores sobre G20

Primeiro dia de encontro terminou sem dados relevantes

Presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, na abertura da reunião do G20: mercados cautelosos (Georges Gobet/AFP)

Presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, na abertura da reunião do G20: mercados cautelosos (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2010 às 20h01.

São Paulo - A bolsa de valores brasileira fechou em queda nesta volátil sexta-feira, com a cautela preponderando em meio à expectativa da reunião do G20 em um dia sem dados relevantes, encerrando uma semana negativa para o Ibovespa.

A possibilidade de medidas adicionais do governo brasileiro sobre o câmbio, depois do anúncio de segunda-feira de nova elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital externo na renda fixa e também nas margens de garantias na bolsa, permeou a semana.

O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, encerrou o dia com queda de 0,18 por cento, aos 69.529 pontos. Na semana, o indicador acumulou perda de cerca de 3 por cento.

O giro financeiro desta sessão foi 6,21 bilhões de reais, abaixo da média dos últimos pregões.

Depois de ensaiar uma recuperação logo na abertura, o mercado doméstico acabou por sucumbir às incertezas sobre o resultado da reunião do G20, que começou nesta sexta-feira na Coreia do Sul e se estende pelo fim de semana. O primeiro dia da reunião não indicou nada de concreto.

"Quando o volume é mais baixo, a tendência é acompanhar o Dow Jones. O G20 ainda não mostrou nada mais efetivo e não acho que deva sair algo mais expressivo no fim de semana. Mas ficamos de olho para ver se o governo aparece com mais alguma medida (sobre o câmbio)", afirmou o analista sênior do BB Investimentos Hamilton Moreira.

O clima de incerteza gerado pela intervenção frequente do governo brasileiro empurrou a moeda norte-americana de volta ao patamar de 1,70 real nesta sexta-feira, maior nível desde 28 de setembro.

As bolsas de Nova York tiveram uma sexta-feira igualmente volátil, também de olho na guerra cambial, uma vez que ainda está presente no mercado a questão do afrouxamento quantitativo, cujo um dos efeitos seria o enfraquecimento do dólar. O Dow Jones caiu 0,13 por cento, mas o Standard & Poor's 500 ganhou 0,24 por cento.

No Ibovespa, a maior contribuição positiva foi da ação ordinária da Brasil Ecodiesel, que disparou 15,74 por cento já no fim dos negócios, para 1,25 real.

O Portal Exame publicou reportagem no final da tarde afirmando que a Brasil Ecodiesel e a Maeda Agroindustrial anunciarão em breve uma fusão.

O setor de siderurgia teve uma dia de recuperação, após registrar queda expressiva nos dias recentes, ajudado pela notícia de que o governo está considerando medidas para combater as importações de aço.

As preferenciais da Usiminas subiram 3 por cento, para 20,59 reais, enquanto as ordinárias da CSN ganharam 1,72 por cento, para 28,38 reais.

As blue chips tiveram dia de oscilação amena. As preferenciais da Petrobras avançaram 0,21 por cento, para 24,21 reais. As da Vale recuaram 0,19 por cento, para 48,24 reais.

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