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Bovespa cai forte puxada por ações da Petrobras

Os papéis da estatal já chegaram a cair mais de 10%.


	Operadores na Bovespa: às 10h31, o Ibovespa estava em 47.856,19 pontos (-1,56%), após bater a mínima de 47.550 pontos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: às 10h31, o Ibovespa estava em 47.856,19 pontos (-1,56%), após bater a mínima de 47.550 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 10h24.

São Paulo - A Bolsa confirma a sinalização do Ibovespa Futuro e opera em queda consistente após a abertura da sessão, com destaque para o tombo dos papéis da Petrobras, que já chegaram a cair mais de 10%.

O mercado reage ao balanço da estatal divulgado na madrugada, sem números auditados e sem baixas contábeis decorrentes das denúncias da Operação Lava a Jato.

No exterior, as bolsas estão em compasso de espera pela decisão de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada às 17 horas (de Brasília), portanto, com a sessão doméstica já nos ajustes finais.

Às 10h31, o Ibovespa estava em 47.856,19 pontos (-1,56%), após bater a mínima de 47.550 pontos (-2,14%), com Petrobras ON e PN derretendo 7,47% e 8,06% e liderando o ranking das maiores baixas. Apenas quatro papéis estavam em alta neste horário.

Segundo o balanço da estatal, entre julho e setembro, o lucro líquido consolidado atribuído aos acionistas somou R$ 3,087 bilhões, um recuo de 38% ante o período imediatamente anterior.

A companhia ressaltou que continua trabalhando para produzir as demonstrações financeiras revisadas pelo auditor externo no menor tempo possível.

De acordo com analistas, como a empresa, ao publicar números sem auditoria e sem as devidas baixas apenas cumpriu uma formalidade ao atender a obrigações em contratos de dívida (covenants), o balanço não representa a realidade.

"Do ponto de vista patrimonial, de estrutura de ativos, essa peça contábil não tem efeito prático nenhum, dado que o mercado continuará especulando o tamanho da baixa, e, adicionalmente, sem o parecer dos auditores fica a dúvida sobre a confiabilidade da demonstração financeira", disse o analista da CM Capital Marco Aurélio Barbosa, em comentário diário.

"Do ponto de vista de crédito, novamente, trata-se de uma peça contábil sem valor no sentido de evidenciar a real situação econômico/financeira da empresa. Nosso entendimento é que a direção da empresa não tem total 'domínio' da situação ainda", afirma.

Em Nova York, os índices futuros hesitam, uma vez que o principal evento da agenda está reservado somente para o final do dia. Às 10h23, o Dow Jones futuro caía 0,14% e o S&P 500 futuro subia 0,12%.

O mercado aguarda o comunicado do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, atento a eventuais pistas sobre quando haverá mudança na política acomodatícia da instituição.

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