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Bovespa cai 2,2% e tem forte recuo da Vale

Mesmo com menos atividade em Brasília, o cenário político ainda inspira cautela nos investidores

Bolsa: o volume financeiro somou 11,44 bilhões de reais, já incluindo o exercício de opções (Thinkstock)

Bolsa: o volume financeiro somou 11,44 bilhões de reais, já incluindo o exercício de opções (Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 19h24.

São Paulo - A Bovespa fechou em queda nesta segunda-feira, perdendo o patamar dos 58 mil pontos, pressionada pelo forte recuo das ações da Vale, com a primeira parte do pregão marcada pelo vencimento de opções sobre ações e com operadores adotando cautela com a proximidade do fim do ano.

O Ibovespa caiu 2,19 por cento, a 57.110 pontos, no menor patamar de fechamento desde 16 de setembro (57.079 pontos).

O volume financeiro somou 11,44 bilhões de reais, já incluindo o exercício de opções.

Mesmo com menos atividade em Brasília, o cenário político ainda inspira cautela nos investidores, que seguem atentos à possibilidade de novas delações no âmbito da operação Lava Jato envolverem lideranças políticas brasileiras.

Nesta segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República entregou ao Supremo Tribunal Federal a documentação referente aos acordos de delação de executivos da empreiteira Odebrecht, que começarão a ser avaliados pelo ministro da corte Teori Zavascki em janeiro.

No exterior, a expectativa era pelo discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, após o banco central norte-americano ter elevado os juros na semana passada e sinalizado três aumentos em 2017.

No dicurso, Yellen não tratou de política monetária, mas ressaltou a melhora no mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Destaques

- VALE PNA caiu 6,33 por cento e VALE ON teve queda de 6,13 por cento, apesar do anúncio da venda de ativos de fertilizantes para a Mosaic por aproximadamente 2,5 bilhões de dólares. Para analistas do BTG Pactual, embora o acordo seja positivo para a Vale, não trouxe surpresa ao mercado, pois tinha sido amplamente antecipado. A sessão também foi marcada pela queda nos preços do minério de ferro na China.

- GERDAU PN perdeu 3,48 por cento, CSN recuou 5,88 por cento e USIMINAS PNA teve baixa de 2,27 por cento, devolvendo os ganhos vistos mais cedo e acompanhando a queda das commodities metálicas. Os papéis destas empresas vêm mostrando forte volatilidade nas últimas semanas, com as ações da Gerdau, por exemplo, caindo 4,6 por cento na sexta-feira, após alta de 5 por cento na quinta-feira.

- ITAÚ UNIBANCO caiu 2,7 por cento, devolvendo os ganhos vistos pela manhã quando ajudou a amparar o tom positivo do Ibovespa. As ações do Itaú Unibanco lideraram o giro no exercício de opções na bolsa nesta segunda-feira. BRADESCO PN teve baixa de 2,19 por cento.

- TELEFÔNICA BRASIL caiu 0,93 por cento e TIM PARTICIPAÇÕES perdeu 1,18 por cento, em sessão de alguma volatilidade para as ações das empresas de telefonia, em meio a expectativas de que o projeto de lei que transforma concessões de telefonia fixa em autorizações fosse encaminhado para votação pelo plenário do Senado. Os recursos pedindo a apreciação do Senado foram rejeitados pela Mesa Diretora, e o texto segue agora para sanção do presidente Michel Temer. Fora do Ibovespa, OI PN caiu 7,38 por cento e OI ON teve desvalorização de 7,27 por cento.

- CEMIG subiu 3,21 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa. A empresa deve anunciar a demissão de seu presidente-executivo e de seu diretor financeiro até quarta-feira depois de o maior acionista da empresa discordar do plano de redução da dívida da empresa, disseram duas pessoas à Reuters.

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