A meta que a Bovespa precisa alcançar é de 200 ofertas públicas iniciais até 2015 (Germano Luders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2011 às 10h40.
São Paulo - A BM&FBovespa SA irá visitar empresas com receita anual de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões para alcançar a meta de 200 ofertas públicas iniciais até 2015 e diversificar os setores representados no mercado acionário.
A bolsa também quer aumentar o número de empresas listadas fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, disse Cristiana Pereira, diretora de Desenvolvimento de Empresas da BM&FBovespa. Para isso, tem planos de visitar 150 companhias entre Fortaleza, Goiânia, Belo Horizonte, Joinville, Recife e Rio de Janeiro este ano, disse Cristiana. Outras 30 já foram visitadas no primeiro trimestre em cidades que vão de Porto Alegre a Ribeirão Preto.
“O mercado para empresas menores ainda não está aberto e queremos mudar essa regra,” disse Cristiana, em entrevista ontem por telefone, de São Paulo. As companhias podem usar o “mercado para crescer e não esperar tamanho para acessar o mercado.”
O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, anunciou em junho do ano passado a meta de 200 novas empresas com capital aberto até 2015 para que o mercado acionário tenha representantes de setores atuantes na economia do País. Do total de companhias com potencial de abrir capital, a bolsa brasileira mantém contato com 140 de setores como serviços, tecnologia, consumo, infraestrutura, transporte, energia, saúde e da cadeia de fornecimento para o setor de petróleo e gás, disse Cristiana.
Este ano, seis empresas estrearam na BM&FBovespa, totalizando R$ 3,64 bilhões, segundo dados da Bloomberg. A maior dessas operações foi da petrolífera QGEP Participações SA, que alcançou R$ 1,32 bilhão. No próximo dia 2 de maio, a varejista Magazine Luiza SA estreia na bolsa, podendo levantar até R$ 1,43 bilhão, segundo comunicado à Comissão de Valores Mobiliários.
A bolsa lança hoje um guia de abertura de capital, elaborado junto com o braço brasileiro da PricewaterhouseCoopers LLP.
“Existe grande desconhecimento de como é IPO,” disse Cristiana. “Tudo que leva informação à empresa ajuda no processo à medida que tira mitos.”