Bovespa: às 11:18, o Ibovespa caía 0,4 por cento, a 56.471,69 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2016 às 11h32.
São Paulo - O principal índice da Bovespa perdia o fôlego da abertura e recuava na manhã quarta-feira, após dez altas seguidas, pressionado particularmente pelo declínio das ações da Petrobras e da Vale.
Às 11:18, o Ibovespa caía 0,4 por cento, a 56.471,69 pontos. O volume financeiro era de 1,5 bilhão de reais.
A falta de tendência clara no exterior, com pregões europeus e norte-americanos no azul, mas preços de commodities em baixa, corroboravam o ajuste no Ibovespa, após o mesmo subir mais de 9 por cento na recente série de ganhos.
Na pauta doméstica, o destaque é a decisão de política monetária do Banco Central, prevista para após o fechamento do pregão. Embora a previsão seja de manutenção da Selic em 14,25 por cento, há grande expectativa para o comunicado.
Destaques
- PETROBRAS tinha as preferenciais em queda de 0,5 por cento, após quatro altas seguidas, em sessão de queda do petróleo , com o destino da BR Distribuidora ainda sob os holofotes. Na véspera, uma fonte com conhecimento do assunto disse à Reuters que a estatal está inclinada a refazer o processo de venda de fatia da subsidiária. Também no radar estava a chance da empresa integrar o programa de governança de estatais da BM&FBovespa.
- VALE mostrava as preferenciais em baixa de 0,9 por cento e as ordinárias caindo 1,9 por cento, acompanhando suas pares no exterior, após as mineradoras BHP Billiton e Anglo American reportarem dados de produção de minério de ferro abaixo de suas estimativas, mas que analistas ainda veem longe de ser o bastante para enfrentar o grande excedente global de oferta da commodity.
- GERDAU perdia 2 por cento, à frente das perdas dos papéis de siderúrgicas. A Secretaria de Comércio Exterior vai iniciar investigação sobre suposta existência de dumping em exportações de aço plano laminado a quente da China e Rússia para o país. Também no radar, o Cade rejeitou pedido do IABr em um caso em que a entidade representativa das siderúrgicas do país é acusada de agir para impedir importações de vergalhões de aço.
- ITAÚ UNIBANCO tinha variação positiva de 0,6 por cento, tendo no radar melhora na recomendação da ação pelo Goldman Sachs para "neutra". BANCO DO BRASIL subia 0,9 por cento, conforme seguem expectativas sobre vendas de ativos pelo banco estatal. Na esteira desse contexto, BB SEGURIDADE subia 0,2 por cento.
- BRASKEM caía 2,8 por cento, após sua controladora Odebrecht Serviços e Participações colocar suas ações na companhia como garantia em contratos com instituições financeiras.
- RAIA DROGASIL avançava 2,6 por cento, na ponta positiva, em meio a expectativas favoráveis para o resultado do segundo trimestre. O Credit Suisse avalia que a rede de drogarias continuará como a exceção no setor de varejo, com crescimento de dois dígitos em vendas.
- OI, que não está no Ibovespa, saltava 13,3 por cento, após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgar na terça-feira a lista de empresas para administrar a recuperação judicial da operadora de telecomunicações. Duas fontes também afirmaram à Reuters na véspera que um grupo de investidores, a maioria dos quais são credores e acionistas da empresa, entraram em contato com o banco de investimento Abadi & Co Global Markets para ajudar a estruturar uma potencial oferta de compra da operadora.
Texto atualizado às 11h31