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Bovespa avança mais de 1% puxada pelo exterior

Os números chineses impulsionam as ações de mineradoras e siderúrgicas


	Bovespa: por volta das 10h30, o Ibovespa subia 1,50%, aos 48.475,19 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: por volta das 10h30, o Ibovespa subia 1,50%, aos 48.475,19 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 10h21.

São Paulo - A Bovespa abriu o pregão desta terça-feira, 20, em alta, na esteira do sinal positivo exibido pelas bolsas internacionais após o crescimento acima do esperado da China em 2014, ainda que no ritmo mais lento em 24 anos.

Os números chineses impulsionam as ações de mineradoras e siderúrgicas, ao passo que os papéis da Petrobras e da Cosan reagem em alta à decisão do governo de voltar a cobrar a Cide sobre os combustíveis nas refinarias.

Por volta das 10h30, o Ibovespa subia 1,50%, aos 48.475,19 pontos, não muito distante da pontuação máxima do dia, em alta de 1,73%, aos 48.582 pontos. O índice à vista ainda não operou no campo negativo hoje.

Neste horário, as ações ON e PNA da Vale exibiam ganhos de 1,15% e de 1,31%, respectivamente, em linha com os ganhos dos pares internacionais e diante do crescimento acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, de +7,4% no acumulado de 2014, ante previsão de +7,3%.

Ainda assim, foi o menor ritmo de expansão desde 1990 e a primeira vez em 15 anos que o PIB da China não alcança a meta do governo de Pequim, de 7,5%.

Os dados chineses, que mostraram ainda avanços acima das expectativas das atividades da indústria e do varejo, animam as bolsas internacionais, amparadas também pelas apostas de mais estímulos a serem adotados pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta semana.

Porém, os números da segunda maior economia do mundo afetam as commodities negociadas em Nova York, diante da perda de tração da maior consumidora de insumos básicos.

As matérias-primas também reagem à piora nas previsões do FMI para a economia mundial, com uma redução de 0,3 ponto porcentual nas estimativas, agora em 3,5% para 2015 e em 3,7% para 2016.

Ainda por volta das 10h30, a Bolsa de Frankfurt subia 0,37%, pegando carona no avanço maior que o esperado e pelo terceiro mês seguido do índice ZEW de sentimento econômico na Alemanha.

No mercado futuro em Wall Street, o S&P 500 avançava 0,60% e o Dow Jones crescia 0,51%, à espera dos balanços trimestrais previstos para o dia e do discurso sobre o Estado da União, a ser proferido pelo presidente norte-americano, Barack Obama, nesta noite, no Congresso. Na Nymex, o WTI para março recuava 2,28% e o cobre de mesmo vencimento perdia 0,75%.

De volta à Bovespa, os papéis ON e PN da Petrobras saltavam 5,41% e 5,11%, nesta ordem, figurando entre os destaques de maiores altas e repercutindo uma das medidas anunciadas ontem pelo ministro Levy, de aumentar a tributação dos combustíveis, com a volta da Cide e cobrança de PIS/Cofins.

Após o anúncio, a estatal informou, em nota, que os preços de gasolina e diesel nas refinarias serão acrescidos dos valores desses impostos, ficando o preço líquido para a companhia inalterado. A medida também beneficia o setor sucroalcooleiro, sendo que Cosan ON também era listada no ranking positivo, com +5,16%.

O setor elétrico também está no radar, em meio às preocupações com a vulnerabilidade do setor elétrico do País após o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) orientar, na segunda-feira à tarde, distribuidoras a reduzirem a oferta de energia e provocando um apagão elétrico em dez Estados brasileiros e no Distrito Federal.

O ocorrido deixou a presidente Dilma Rousseff irritada e muito preocupada, cobrando explicações plausíveis para o ocorrido, que ela considerou muito grave.

Também por volta das 10h30, Eletrobras PNB caía 0,94%, no topo do ranking de maiores baixas mas Copel PNB subia 1,21% e CPFL ON ganhava 1,43%.

Também em destaque, Ambev ON avançava 0,84%, repercutindo a aprovação da Medida Provisória 656, que ficou conhecida como MP das bebidas frias, por incorporar durante a tramitação no Congresso trecho para definir uma nova tributação do setor.

A MP 656 foi ganhando outros temas, como o reajuste do IRPF e, com isso, a lei sancionada trata de inúmeros outros temas. Entre eles, está o reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda para a Pessoa Física (IRPF), proposto pelos parlamentares, e também rejeitado pela presidente.

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