A Fibria encerrou o terceiro trimestre de 2011 com prejuízo de R$ 1,114 bilhão, revertendo lucro de R$ 303 milhões no mesmo período de 2010 (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2011 às 10h47.
São Paulo - O grande dia chegou. Após semanas de espera e adiamentos, a Europa pode finalmente anunciar hoje medidas amplas para o resgate de bancos e países em dificuldades. À espera dos resultados da cúpula de chefes de Estado da União Europeia, as bolsas no exterior sobem, o que também se reflete na abertura de hoje da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Perto das 11h20, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 1,12%, aos 56.916 pontos.
A cautela predomina em todo o mundo, em meio à expectativa de que a Europa anuncie medidas concretas para a zona do euro. Hoje, ao falar para o Parlamento alemão, a chanceler Angela Merkel afirmou que as decisões adotadas pelos líderes europeus em 21 de julho, quando foram anunciados a expansão da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e o segundo pacote de resgate para a Grécia, não são mais aplicáveis. Merkel prometeu pressionar para que decisões sustentáveis sejam tomadas hoje na reunião de cúpula da União Europeia.
É bom lembrar que, na semana passada, Merkel e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, prometeram aprovar um plano para a Europa "no máximo" até a cúpula de hoje. "Ontem vieram notícias ruins de indicadores dos EUA e do cancelamento da reunião dos ministros de Finanças da Europa. Mesmo assim, a Bovespa caiu menos que os mercados lá fora. Para hoje, a perspectiva é positiva, com a reunião de chefes de Estado", afirmou um operador de renda variável ouvido pela Agência Estado. "Mas se a União Europeia não divulgar um número bom sobre o resgate, muda tudo."
Balanços
No Brasil, a agenda de balanços ganha força hoje, com a divulgação de resultados trimestrais de gigantes como Bradesco e Vale. Mais cedo, o Bradesco informou um lucro líquido contábil de R$ 2,815 bilhões no terceiro trimestre de 2011, o que representa um aumento de 11,4% na comparação com o mesmo período de 2010 e um alta de 1,1% ante o segundo trimestre deste ano. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o ganho foi de R$ 8,302 bilhões (alta de 18%).
Já a Fibria encerrou o terceiro trimestre de 2011 com prejuízo de R$ 1,114 bilhão, revertendo lucro de R$ 303 milhões no mesmo período de 2010. A fabricante de celulose anotou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 476 milhões, ajustado por itens não recorrentes, sem impacto caixa, cifra 34% menor que os R$ 717 milhões do terceiro trimestre de 2010.