Ainda que em horário reduzido, as bolsas em Nova York reabrem nesta sexta-feira, voltando a ser referência para os negócios da bolsa brasileira (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2011 às 10h43.
São Paulo - O alívio de ontem foi passageiro e hoje a Bovespa deve retomar a trajetória negativa das cinco sessões anteriores, que foi interrompida em pleno dia de feriado nos EUA. Ainda que em horário reduzido, as bolsas em Nova York reabrem nesta sexta-feira, voltando a ser referência para os negócios locais, mas o volume financeiro deve permanecer fraco. Da mesma forma, também persistem as apreensões com a crise na Europa. Às 11h15, o Ibovespa caía 0,73%, aos 54.874,69 pontos.
Assim como a liquidez, a volatilidade dos mercados também tende a ser menor, aponta, em relatório, o analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira. Para ele, os investidores seguem pressionados pelas expectativas de agravamento da crise na Europa, de desaceleração da economia chinesa e da crise de déficit nos EUA.
Enquanto na primeira maior economia do mundo o dia é de expectativa pela largada da temporada de pico do consumo, com o comércio promovendo a Black Friday; o gigante emergente dá sinais menos agradáveis de crescimento para o restante do mundo, tão dependente da sua marcha, e diz que a expansão do PIB em 2012 pode ser de 8,7%.
Já na Europa, são os mesmos velhos problemas. Os yields dos bônus italianos de dois e de cinco anos atingiram os maiores níveis desde a introdução do euro, distanciando ainda mais do nível de 7%. Hoje, o Tesouro da Itália vendeu 8 bilhões de euros em títulos de seis meses e 2 bilhões de euros em papéis de 24 meses, vendendo todo o volume pretendido, mas pagando um elevado retorno ao investidor, mesmo com uma demanda forte.
Além disso, surgem novas letras para a sigla (em inglês) PIIGS. Desta vez, a Hungria foi rebaixada pela Moody's para grau especulativo (junk), elevando as preocupações sobre o contágio da crise das dívidas soberanas. As moedas de países centrais e do Leste Europeu ficaram sob enorme pressão vendedora, após o rating dos bônus húngaros cederem a Ba1, de Baa3. A perspectiva da nota permaneceu negativa.