Com poucos ajustes a serem feitos nesta volta aos negócios após o feriado no Brasil, os investidores devem encontrar dificuldades em firmar uma direção única para o dia (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2011 às 10h48.
São Paulo - O sobe-e-desce dos mercados internacionais pela manhã deve ditar o ritmo da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje. Com poucos ajustes a serem feitos nesta volta aos negócios após o feriado no Brasil, os investidores devem encontrar dificuldades em firmar uma direção única para o dia, envoltos no noticiário europeu e na farta agenda econômica dos EUA. Às 11h18, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,31%, aos 58.077 pontos.
O comportamento das bolsas norte-americanas deve ser influenciado pelos indicadores que começam a ser divulgados ao longo do dia. Já na Europa, as principais bolsas oscilam com bruscas variações entre os campos positivo e negativo, à medida que são divulgadas notícias sobre a crise das dívidas na região.
Enquanto aguardam a implementação de medidas de austeridade fiscal pelos novos governos na Itália e na Grécia, e também ficam na expectativa pela escolha de um novo líder na Espanha via as urnas eleitorais, os investidores monitoram o comportamento dos yields dos países da zona do euro e digerem as declarações do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, para quem a zona do euro enfrenta uma "crise sistêmica"
"Pouco mudou no mundo. A Ásia e os EUA continuam a entregar algum nível de melhora, a Europa no geral continua ruim e com isso tudo, a volatilidade se mantém irredutível", resume, em relatório, o analista internacional da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira.
E é nesse cenário que os investidores voltam com mais afinco à renda variável brasileira, após o pregão letárgico da última segunda-feira - emenda de feriado para muitos por aqui. Naquele dia, o Ibovespa encerrou com queda em torno de 0,50%, ao passo que os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram 0,60% e 0,95%, respectivamente. Ontem, porém, as bolsas norte-americanas fecharam em ligeira alta, na esteira de dados favoráveis sobre a inflação no atacado e sobre as vendas no varejo, ambos referentes ao mês passado.