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Bovespa abre em baixa sob influência da Líbia

Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, em meio à tensão no exterior com a crise política na Líbia

Os investidores do mercado de renda variável devem também reagir à divulgação dos resultados do Itaú Unibanco, o último dos grandes bancos a anunciar o balanço do quarto trimestre (Alexandre Battibugli/EXAME)

Os investidores do mercado de renda variável devem também reagir à divulgação dos resultados do Itaú Unibanco, o último dos grandes bancos a anunciar o balanço do quarto trimestre (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 11h35.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, em meio à tensão no exterior com a crise política na Líbia. Após o feriado de ontem, os mercados dos Estados Unidos também voltam a funcionar hoje, o que deve gerar correções. Às 11h15 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,68%, para 66.801 pontos.

Na Líbia, a situação tende a se agravar. Os mortos já ultrapassam 400, os militares que se recusaram a matar os manifestantes desertaram e a delegação do país na Organização das Nações Unidas (ONU) renunciou, assim como alguns diplomatas e o ministro da Justiça, Mustapha Abdeljalil.

Em decorrência do risco geopolítico, o petróleo não para de subir. O chefe da Agência Internacional de Energia (AIE), Nabuo Tanaka, chegou a acenar com liberação de reservas estratégicas e com o uso de capacidade ociosa pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), caso haja interrupção no fornecimento da matéria-prima por causa da Líbia. Em Nova York, o contrato futuro de petróleo com vencimento em março estava cotado nesta manhã próximo de US$ 93 o barril. Em Londres, o contrato futuro com vencimento em abril estava na casa dos US$ 107 o barril.

Na Europa, as bolsas também seguem em queda. Outras notícias negativas entraram no radar do mercado: o terremoto na Nova Zelândia, que gerou vendas intensas nos mercados da Ásia, e o rebaixamento da perspectiva de rating (classificação de risco) da dívida do Japão, pela agência Moody's.

Os investidores do mercado de renda variável devem também reagir à divulgação dos resultados do Itaú Unibanco, o último dos grandes bancos a anunciar o balanço do quarto trimestre. O banco apresentou lucro líquido de R$ 13,3 bilhões em 2010, o que indica uma alta de 32,3% em relação a 2009. Já o lucro líquido recorrente do banco no ano foi de R$ 13 bilhões, uma elevação de 24,1%. No quarto trimestre, o banco teve lucro líquido de R$ 3,890 bilhões, alta de 21% ante o mesmo período do ano anterior.

Outra novidade divulgada nesta manhã dá conta que a Zurich Financial Services AG fechou acordo para comprar uma participação nas operações de seguros do Banco Santander no Brasil, no México, no Chile, na Argentina e no Uruguai. O grupo suíço pagará US$ 1,67 bilhão como entrada, para assumir uma fatia de 51% no negócio.

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