Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa: por volta das 10h10, o Ibovespa oscilava em baixa de 0,02%, aos 53.559 pontos (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 12h12.
São Paulo - A metodologia do Ibovespa será aprimorada, a partir de janeiro de 2014, o que implicará ajustes na carteira teórica até o fim do ano, ao mesmo tempo que os investidores digerem o noticiário econômico de cada dia.
Para esta quinta-feira, 12, a novidade é que os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos Estados Unidos caíram abaixo de 300 mil solicitações, pela primeira vez desde 2006, mas houve falha relacionada ao envio de dados em dois Estados norte-americanos.
Assim, os negócios locais adotam o comportamento lateral que se observa nos mercados internacionais, envolvidos também pela proximidade do vencimento de opções sobre ações. Por volta das 10h10, o Ibovespa oscilava em baixa de 0,02%, aos 53.559 pontos.
Conforme comunicado divulgado na quarta-feira, 11, à noite pela BM&FBovespa, as principais alterações são: forma de ponderação das ações e cálculo de índice de negociabilidade (IN). Também haverá mudanças nos critérios de inclusão e de exclusão da carteira. Além disso, as ações classificadas como penny stocks (que valem menos de R$ 1), no período de validade da carteira anterior ao rebalanceamento, não entram no índice à vista.
As mudanças serão escalonadas em duas etapas, sendo que a carteira que vigorará de janeiro a abril de 2014 será obtida a partir da média das ponderações definidas com base na metodologia anterior e na nova. Apenas a partir de maio do ano que vem, a ponderação do Ibovespa será realizada exclusivamente com base na nova metodologia. Segundo a operadora da Bolsa, o aperfeiçoamento do Ibovespa afeta várias empresas, "por isso não será de uma vez".
Com isso, a Bolsa tem tempo e pode seguir com o foco no noticiário global. A tensão com a Síria persiste, mas a agenda econômica ganha força. Logo cedo, a produção industrial na zona do euro decepcionou, ao cair 1,5% em julho ante junho, no maior tombo mensal desde setembro de 2012 e contrariando a previsão de ligeiro avanço de 0,1%.
Há pouco, nos EUA, foi informado que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 31 mil, para 292 mil, ficando abaixo da previsão de alta para 330 mil. Porém, o governo norte-americano alertou que os números foram influenciados para baixo pela falta de informações sobre dois Estados norte-americanos. Por volta das 9h55, o futuro do S&P 500 estava estável.
Já no Brasil, as vendas do comércio varejista surpreenderam positivamente, ao cresceram 1,9% em julho ante junho, superando o teto do intervalo das previsões. Em base anual, o aumento de 6,0% também foi maior que o esperado.