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Bovespa abre em alta, na tentativa de recuperar perdas

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta, tentando diminuir parte das perdas de 9,96% acumuladas no primeiro semestre, mesmo que o panorama continue inalterado. Hoje, a agenda econômica nos Estados Unidos tende a definir o rumo do dia, mas os negócios locais ainda sofrem influência do capital externo. […]

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2011 às 10h31.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta, tentando diminuir parte das perdas de 9,96% acumuladas no primeiro semestre, mesmo que o panorama continue inalterado. Hoje, a agenda econômica nos Estados Unidos tende a definir o rumo do dia, mas os negócios locais ainda sofrem influência do capital externo. Às 10h12, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,06%, aos 62.440 pontos.

"A performance doméstica reflete um pouco a conjuntura externa, mas está mais relacionada ao cenário do País", avalia o economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante. Para ele, a concorrência desleal da renda variável com a renda fixa, diante das elevadas taxas de juros no País, e a ingerência política do governo em algumas empresas afasta o investidor estrangeiro das ações brasileiras, bem como mantém o investidor local na defensiva. "O segundo semestre vai depender da evolução do ambiente de inflação e juros no Brasil e também da chegada de dinheiro novo na Bolsa", acrescenta.

Analistas gráficos indicam que é fundamental o Ibovespa romper a resistência na marca dos 63 mil pontos, para enfim sair da tendência de baixa dos negócios no curto e médio prazos. "Acima deste nível, o mercado ganha força para seguir em recuperação rumo à importante resistência em 65 mil pontos", comenta a equipe da Itaú Corretora, em relatório. Na outra ponta, o Ibovespa tem suporte nos 61,9 mil pontos.

No âmbito internacional, a tentativa de resolução para a crise fiscal na Grécia não anula as preocupações com a solvência de outros países europeus, como Itália e Espanha. No entanto, a antecipação para amanhã da reunião de ministros de Finanças da zona do euro sinaliza uma boa vontade dos líderes europeus em sanar o problema. Além disso, julho é um mês crucial para que o Congresso dos EUA defina sobre o aumento do teto da dívida pública, ao mesmo tempo que se espera sinais de aceleração da atividade econômica norte-americana neste novo semestre.

Já na China, a atividade industrial continuou a se desacelerar em junho, após as medidas de aperto monetário adotadas por Pequim. O Índice de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) oficial caiu pelo terceiro mês seguido, para 50,9 no mês passado, de 52,0 em maio. O PMI chinês do HSBC, por sua vez, recuou pela segunda vez consecutiva, para 50,1, de 51,6 no mês anterior. Em ambos os dados, as pressões inflacionárias diminuíram, embora continuem altas, colocando em dúvida uma continuidade do ciclo.

Nos EUA, o índice ISM de atividade industrial em junho, às 11 horas, concentra as atenções, em busca de pistas sobre o ritmo da economia. No mesmo horário, saem os gastos com construção em maio e, cinco minutos antes (10h55), a Universidade de Michigan divulga a leitura final de junho do índice de sentimento do consumidor.

Do lado corporativo, os papéis da Vale devem reagir ao anúncio de recompra de ações, feito ontem à noite. O programa envolverá até 5,9% dos papéis em circulação no mercado. O mercado deve avaliar ainda a aprovação da oferta pública para aquisição (OPA) das ações da Vale Fertilizantes. Os novos episódios envolvendo uma eventual fusão do Grupo Pão de Açúcar com o Carrefour também segue no foco.

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