Qualquer resistência da Bovespa pode ser desarmada, se o exterior não ajudar (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2011 às 10h46.
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operava em alta no começo do pregão, mas nada garante que esse comportamento será mantido até o fim da jornada. "O dia é muito longo, muita coisa pode acontecer, e os mercados podem subir 2% ou cair 2%. Não tem estratégia para os negócios nessa montanha-russa em que os investidores embarcaram", avalia o operador sênior da TOV Corretora, Júlio Mora. Às 11h25, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,85%, aos 58.038 pontos.
Hoje, os dados econômicos a serem anunciados nos EUA realçam a previsão de volatilidade, mas o foco continua sendo a Europa, em meio ao mal-estar da civilização greco-romana.
"Vamos ver se vai aguentar", comenta o profissional citado acima, para quem os ganhos exibidos pelos mercados internacionais nesta manhã não passa de uma tentativa de recomposição. "Não me surpreenderia se o sinal virasse", completa. Mora ressalta que, mesmo assim, a Bovespa tem se comportado "muito bem" nos últimos dias, mostrando uma disposição maior em reduzir as fortes perdas do ano. "Já caiu demais. Talvez tenha encontrado um ponto de equilíbrio", acrescenta.
Contudo, qualquer resistência da Bolsa pode ser desarmada, se o exterior não ajudar. Enquanto digerem o resultado do leilão de títulos realizado pela Itália, os investidores aguardam os números dos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA, da balança comercial norte-americana em setembro e dos preços das importações no país em outubro. Às 17 horas, é a vez da divulgação do resultado das contas do governo Obama no mês passado.