Bovespa: às 10h22, o Ibovespa subia 0,38%, aos 52.104,67 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2015 às 11h24.
São Paulo - A Bovespa abriu o pregão desta terça-feira, 24, em alta na esteira da manutenção do selo de bom pagador do Brasil pela Standard & Poor's (S&P).
As ações da Petrobras também respiram aliviadas pela decisão da mesma agência de classificação de risco em rebaixar apenas a perspectiva da nota da estatal - e não o rating em si - o que ajuda a dar ritmo à renda variável local.
Nos demais mercados domésticos, o dólar e os juros futuros seguem em queda, em reação ao voto de confiança dado pela S&P.
Às 10h22, o Ibovespa subia 0,38%, aos 52.104,67 pontos, na pontuação máxima do dia. O índice à vista ainda não operou em baixa hoje.
Operadores das mesas lembram, porém, que a Bolsa brasileira subiu quase 7,0% na semana passada "só com notícia ruim, então pode ser que essa manutenção do rating pela S&P já tenha sido antecipada pelo mercado", afirmaram ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Sobre a revisão da perspectiva do rating da Petrobras para negativa, um dos profissionais consultados acredita que a decisão não surpreende, uma vez que a estatal ainda está devendo seu balanço financeiro auditado e com as baixas contábeis e tampouco tem tomado qualquer decisão concreta no sentido de reduzir sua dívida.
No mesmo horário, os papéis ON e PN da Petrobras subiam 0,98% e 0,75%, nesta ordem.
Conforme apurou o Broadcast, os investidores estão mais tranquilos diante da decisão da S&P de revisar somente a perspectiva do rating da estatal para negativa, de estável.
O rating da companhia foi mantido em BBB-, a apenas um degrau de perder o grau de investimento.
No comunicado, a agência de classificação de risco afirma que a revisão da perspectiva reflete a dificuldade da Petrobras em conseguir financiamento para seu plano de investimento, que poderia aumentar a produção e desalavancar seu orçamento.
Já no mercado futuro em Wall Street, no mesmo horário, o índice Dow Jones ganhava 0,03%, enquanto o S&P 500 caía 0,02%, digerindo os números sobre a inflação ao consumidor (CPI) norte-americano.
Enquanto o índice cheio registrou em fevereiro a primeira alta desde outubro, em +0,2% ante janeiro, o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis, cresceu mais que o esperado, em iguais 0,2%, ante previsão de +0,1%.
Em reação, o dólar e os juros dos Treasuries ganharam força no exterior, uma vez que a melhora no comportamento dos preços no varejo sugere que o Federal Reserve pode se aproximar de um aperto monetário.
Contudo, a moeda norte-americana ainda perdia terreno ante as divisas de países emergentes e correlacionadas às commodities.