Bovespa: às 10h05, o Ibovespa subia 0,56%, aos 54.553,17 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2013 às 10h58.
São Paulo - Novos dados animadores sobre a economia da China e a perspectiva de uma solução diplomática para a crise na Síria mantêm aberto o caminho para a Bovespa seguir em frente, após encerrar a segunda-feira, 9, no maior nível desde maio e na quarta alta consecutiva.
Os ganhos acelerados dos mercados internacionais tendem a sustentar os negócios locais, que podem tentar reaver o patamar dos 55 mil pontos. Contudo, não está descartada certa realização de lucros durante a sessão doméstica, dando os primeiros sinais de cansaço. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,56%, aos 54.553,17 pontos.
"O céu é de brigadeiro para a Bolsa hoje", comenta um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, citando a alta de mais de 1% exibida pelas principais bolsas europeias e a sinalização positiva vinda das Bolsas de Nova York, que devem ser acompanhadas pelo mercado acionário interno.
"Não tem barreira no caminho e a Bolsa pode tentar pegar os 55 mil pontos", prevê. Porém, ele comenta que "a Bolsa pode cansar e perder um pouco de fôlego para seguir adiante", após a sequência de quatro altas seguidas (+5% no período), "chamando realizações de lucros na sessão".
Mas por enquanto esta terça-feira, 10, só tem boas notícias para os investidores com apetite por risco. A atividade industrial chinesa cresceu no maior ritmo em 17 meses, em +10,4% em agosto ante igual período do ano passado, superando as estimativas de alta de 9,9%.
Já as vendas no varejo avançaram 13,4%, na mesma base de comparação, acelerando-se da alta verificada em julho, de +13,2%, também em base anual.
Em reação, as ações de mineradoras figuram entre os principais destaques de alta na Europa, contribuindo para os ganhos de 0,85% em Londres, +1,64% em Paris e +1,88% em Frankfurt, ainda no mesmo horário. Os mercados financeiros do Ocidente também estão mais aliviados com a amenização das preocupações sobre a Síria, cujo conflito dirige-se para uma solução diplomática.
Segundo a agência russa Interfax, o governo do presidente Bashar Assad teria concordado com a proposta da Rússia de colocar suas armas químicas sob controle internacional, a fim de afastar os possíveis ataques militares norte-americanos.
Ontem, em entrevista à rede de TV CNN, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que "se pudermos atingir esse objetivo limitado sem uma ação militar, essa será minha preferência". A proposta russa ganhou apoio imediato do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.
Diante da possibilidade de uma saída negociada, os índices futuros das Bolsas de Nova York mostram alívio, com +0,65% para o contrato de setembro do S&P 500. A agenda econômica norte-americana do dia está esvaziada.