Bovespa: às 11:23, o Ibovespa subia 0,05 por cento, a 56.191,76 pontos. O volume financeiro somava 1,5 bilhão de reais (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2016 às 11h43.
São Paulo - O principal índice da Bovespa flertava com o terreno positivo no final da manhã desta quarta-feira, conforme os movimentos de realização de lucros perdiam fôlego, com a melhora tendo suporte particularmente no avanço das ações da Petrobras.
Às 11:23, o Ibovespa subia 0,05 por cento, a 56.191,76 pontos. O volume financeiro somava 1,5 bilhão de reais.
A temporada de balanços também permanece sob os holofotes, com Suzano Papel e Celulose entre as maiores altas da sessão após divulgação de balanço e corte de investimentos.
Agentes financeiros citavam como fator negativo na bolsa a notícia de que a votação do projeto de renegociação das dívidas dos Estados junto à União na Câmara dos Deputados, prevista para esta terça-feira, foi adiada para a próxima semana.
O adiamento traz preocupações sobre o tão aguardado ajuste fiscal e abre espaço para movimentos de embolso de lucros na bolsa, dada a ausência de medidas concretas.
No exterior, as bolsas dos Estados Unidos buscavam se sustentar no azul, ajudadas pelo avanço do petróleo , mas com dados fortes sobre a criação de emprego no setor privado norte-americano também no radar.
Destaques
- PETROBRAS tinha as preferenciais em alta de 1,4 por cento e as ordinárias subindo 1,2 por cento, apoiadas na alta dos preços do petróleo , além de avaliação relativamente favorável sobre a suspensão pela Justiça dos Estados Unidos de ações contra a companhia até julgamento de recurso anunciada na véspera.
Ainda, o jornal o Globo informou nesta quarta-feira que quatro empresas disputam a compra da Liquigás, subsidiária da Petrobras no setor de distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
- SUZANO PAPEL E CELULOSE subia 1,4 por cento, após o lucro do segundo trimestre mais que dobrar sobre um ano antes, alcançando 954 milhões de reais, impulsionado por variação cambial, que também ajudou a companhia a cortar a projeção de investimento deste ano em 12,5 por cento. Na esteira, FIBRIA subia 1,7 por cento.
- KLABIN avançava 0,3 por cento, também beneficiada pela recuperação no setor puxada pela Suzano, com analistas também repercutindo divulgação da companhia no final da terça-feira, de que seu projeto Puma alcançou atingiu a produção e comercialização de 300 toneladas de celulose, necessária para disparar a conversão em units da totalidade das debêntures obrigatoriamente conversíveis emitidas em 2014. A conversão será feita em 31 de janeiro de 2018.
- VALE tinha as preferenciais em alta de 0,75 por cento e as ordinárias com acréscimo de 0,2 por cento, sem tendência firme, em sessão de estabilidade dos preços do minério de ferro à vista na China <.IO62-CNI=SI>. A mineradora informou que pretende emitir bônus com vencimento em agosto de 2026 e utilizar os recursos captados com a oferta para pagar parte do preço de resgate de bônus com vencimento em 2017.
- LOJAS AMERICANAS e LOJAS RENNER recuavam 2 e 0,6 por cento, também na ponta negativa, em sessão de baixa de empresas de varejo e consumo após fortes ganhos recentes.
- BM&FBOVESPA caía 0,9 por cento, engatando a quarta sessão consecutiva de queda, em meio a movimentos de realização de lucros, conforme figura entre as ações que mais se valorizaram em 2016, com o ganho acumulado no ano ainda ao redor de 65 por cento.
- KROTON recuava 1,6 por cento, tendo no radar divulgação pela ESTÁCIO do cancelamento de assembleia de debenturistas que discutiria a compra da empresa pela Kroton.
A reunião estava marcada para ser realizada na quinta-feira. A ação da Estácio exibia queda de 0,06 por cento.
- BOMBRIL, que não está no Ibovespa, saltava 64 por cento, após divulgar que está avaliando contratação de um financiamento de longo prazo e venda de ativos não estratégicos entre as alternativas de reestruturação. Nas primeiras duas sessões de agosto, as ações da Bombril tiveram valorização de cerca de 67 por cento.
Texto atualizado às 11h32